Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10044

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Biologia Geral
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, FAPEMIG
Primeiro autor Leticia Guerra Piuzana
Orientador MARIANA MACHADO NEVES
Outros membros Ana Cláudia Ferreira Souza, Felipe Couto Santos, Luiz Otavio Guimaraes Ervilha
Título Efeitos da exposição pré-púbere ao arsênio sobre parâmetros renais de ratos Wistar
Resumo O Arsênio, elemento químico de símbolo As, é considerado um metaloide devido as suas propriedades físicas de um metal e propriedades químicas de um não metal. Sua toxicidade se deve ao fato de que este é corrosivo e, ao ser absorvido pelo organismo, afeta processos metabólicos essenciais e o bom funcionamento de órgãos vitais. O mecanismo de comprometimento do rim por As não é totalmente esclarecido. Sabe-se que o rim é o órgão filtrador e excretor do corpo, auxiliando na eliminação de toxinas do organismo pela urina. Apesar do As ser ingerido na forma tóxico e oxidado no fígado, gerando formas orgânicas do As com menor toxicidade, não se sabe o efeito destes compostos na biometria do rim e em proteínas séricas indicadores de funcionalidade renal. Portanto, este trabalho teve como objetivo avaliar o peso e volume dos rins, bem como quantificar proteínas séricas de animais expostos ao arsênio através da água de beber durante o período pré-púberal. Ratos Wistar com 21 dias de idade (n = 16) foram divididos em dois grupos experimentais. Enquanto o grupo controle negativo (C; n= 8 animais) recebeu água filtrada, animais do grupo As (n = 8 animais) receberam solução de arsenito de sódio (10 mg/L) na água de beber. O tratamento foi realizado diariamente por 29 dias, quando os animais atingiram 50 dias de idade (CEUA/UFV, processo 96/2017). Os animais foram eutanasiados no 51º dia de experimento, e os rins foram coletados para medição do peso e volume. Além disso, coletou-se sangue por punção cardíaca, sendo este centrifugado a 700x por 15 min para obtenção do soro. Este foi utilizado para análise de três proteínas séricas: creatina e ureia, além de bilirrubina. Os resultados foram submetidos ao teste de t Student utilizando o software Graph-Pad Prism, sendo as médias comparadas ao nível de significância de 5%. Os valores médios de peso do rim esquerdo (C= 1,334 ± 0,06014 g; As= 1,214 ± 0,04806 g), do rim direito (C= 1,386 ± 0,05694 g; As= 1,287 ± 0,05680 g) não diferiram entre os grupos experimentais, bem como o volume médio do órgão (C= 10,16 ± 0,02203 mL; As= 10,19 ± 0,02950 mL) (P > 0,05). Com relação às análises bioquímicas, a concentração sérica de ureia (C= 33,63 ± 1,861 mg/dl; As= 34,88 ± 1,329 mg/dl) e bilirrubina (C= 0,2750 ± 0,0250 mg/dl; As= 0,2625 ± 0,0375 mg/dl) também não diferiram estatisticamente entre os grupos (P > 0,05). Entretanto, a concentração média de creatina foi menor nos animais que receberam arsênio (As= 0,3700 ± 0,02988 mg/dl) em relação aos animais controle (C=0,4863 ± 0,02367 mg/dl; P < 0,05). Pode-se concluir que a exposição ao arsenito de sódio a 10 mg/L no período pré-puberal alterou parâmetro sérico de creatinina, mas não ureia e bilirrubina, de ratos Wistar, sem influenciar o peso e volume dos rins.
Palavras-chave arsenito, creatinina, rim
Forma de apresentação..... Painel
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