Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10011

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Biologia Geral
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, FAPEMIG
Primeiro autor Mariana Rodrigues Morais de Oliveira
Orientador MARIANA MACHADO NEVES
Outros membros Amanda Waack, Ana Cláudia Ferreira Souza, Felipe Couto Santos, Luiz Otavio Guimaraes Ervilha
Título Efeitos da exposição pré-púbere ao arsênio sobre parâmetros hepáticos de ratos Wistar
Resumo O arsênio (As) é um metaloide amplamente distribuído no meio ambiente. Estudos recentes evidenciam que animais adultos expostos a diferentes formas de arsênio apresentam efeitos negativos sobre órgãos reprodutores e fígado. No entanto, não se sabe qual o efeito do arsênio sobre o fígado de animais em fase de crescimento, bem como o comprometimento de suas funções na fase adulta. Sabe-se que o fígado é um dos órgãos mais importantes do corpo, sendo responsável por funções como o metabolismo de lipídeos, proteínas e glicose, síntese de proteínas plasmáticas, secreção da bile e biotransformação de fármacos, nutrientes e toxinas. Desse modo, o objetivo deste estudo foi avaliar parâmetros morfológicos e proteicos do fígado em ratos Wistar expostos ao As na água de beber durante o período pré-puberal. Animais recém desmamados, de 21 dias de idade, foram divididos em dois grupos experimentais, grupo controle (C; n=10) e grupo arsênio (As; n=10), e foram tratados com água filtrada e solução de arsenito de sódio na concentração de 10 mg/L, respectivamente. O tratamento diário ocorreu por 29 dias, quando os animais atingiram 50 dias de idade, e a eutanásia realizada no 51º dia de experimento. Os fígados foram dissecados, pesados em balança de precisão, bem como mensurados quanto ao volume do órgão por deslocamento de líquido. Já o sangue dos animais foi obtido por punção cardíaca e centrifugado a 700 x por 15 min, para obtenção do soro. A partir dele, realizou-se análises bioquímicas de transaminase glutâmico-pirúvica (TGP), transaminase glutâmico oxalacética (TGO) e fosfatase alcalina utilizando-se testes colorimétricos Bioclin. Os resultados foram submetidos ao teste t de Student (P < 0,05) pelo programa utilizando o software Graph-Pad Prism. Não foram observadas diferenças entre os grupos experimentais para peso do órgão (C=11,07 ± 0,5180 g; As=11,64 ± 0,3613 g), volume do órgão (C=30,14 ± 0,05570 mL; As=30,14 ± 0,03674 mL), TGP (C=81,00 ± 3,050 U/L; As=64,60 ± 8,400 U/L) e fosfatase alcalina (C=412,1 ± 41,60 U/L; As=379,6 ± 27,23 U/L) (P > 0.05). No entanto, os valores de TGO apresentaram-se menores em animais expostos ao As (As=173,6 ± 11,86 U/L) quando comparados aos animais controle (C=206,5 ± 9,620 U/L; P < 0,05). Pode-se concluir que animais expostos ao arsenito de sódio a 10 mg/L no período pré-púbere tiveram apenas o metabolismo de aminoácidos comprometidos, uma vez que a atividade da enzima transaminase glutâmico oxalacética foi afetada. Os outros parâmetros hepáticos, no entanto, não foram afetados.
Palavras-chave Fígado, toxicologia, período pré-puberal
Forma de apresentação..... Painel
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