Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10000

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FUNARBE
Primeiro autor Andrés Maurício Ortega Orozco
Orientador MARLENE ISABEL VARGAS VILORIA
Outros membros JOAQUIN HERNAN PATARROYO SALCEDO, Julia Angelica Gonçalves da Silveira, LEANDRO ABREU DA FONSECA, Lorraine Rossi Signorelli Machado Dornelas
Título Detecção molecular de hemoparasitas e alterações hematológicas em cães atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Viçosa, Viçosa-MG.
Resumo Os cães são animais de estimação de importância na sociedade atual em relação ao bem-estar humano e são consideradas espécies sentinelas frente a doenças infecciosas. Devido a isto, as doenças transmitidas por carrapatos tornam-se de especial interesse, pois apresentam risco para a saúde animal e humana. No Brasil, Ehrlichia canis (E. canis) é o hemoparasita detectado com maior frequência, assim como Babesia vogeli (B. vogeli), Anaplasma platys (A. platys) e Hepatozoon canis (H. canis). Alguns patógenos são considerados agentes zoonóticos, como Anaplasma phagocytophilum (A. phagocytophilum), causador da anaplasmose granulocítica humana. Na clínica médica de pequenos animais, a infecção por doenças transmitidas por carrapatos são diagnosticadas com elevada prevalência. A trombocitopenia tradicionalmente está associada a estas infecções. Assim, o objetivo desta pesquisa foi determinar a prevalência de infecção por hemoparasitas diagnosticados através da reação em cadeia da polimerase do tipo nested (nPCR) atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Viçosa-MG. Foram avaliados e correlacionados os resultados obtidos através da nPCR com alterações nos parâmetros hematológicos dos animais avaliados. Foram analisadas 100 amostras de sangue de cães, com trombocitopenia marcada (plaquetas < 100.000/μL) ou com visualização direta de hemoparasitas no esfregaço sanguíneo, obtidas da rotina do Laboratório de Patologia Clínica Veterinária da UFV. O hemograma foi realizado com contador automatizado de células. A contagem diferencial dos leucócitos e pesquisa de hematozoários foi realizada por meio de esfregaços sanguíneos com coloração tipo Romanowsky com posterior leitura realizada no microscópio óptico. A determinação de proteínas plasmáticas foi realizada por refratometria. As amostras foram submetidas à extração de DNA e posteriormente à nPCR. Do total das amostras, 60 foram positivas para no mínimo um hemoparasita. O DNA de Ehrlichia spp. foi detectado em 26% (26/100) das amostras, Anaplasma spp. em 23% (23/100), Babesia spp. em 18% (18/100) e Hepatozoon spp. em 15% (15/100). DNA de A. phagocytophilum não foi amplificado em nenhuma amostra. Em 21% (21/100) das amostras foi detectada a presença de mais de um hemoparasito. As alterações hematológicas mais significativas foram anemia, trombocitopenia e aumento na concentração de proteínas plasmáticas. A trombocitopenia pode ser considerada uma alteração sensível nos casos de hemoparasitose, porém, não é específica. Os dados obtidos sugerem que E. canis é o hemoparasita detectado com maior prevalência em cães trombocitopênicos no município de Viçosa-MG utilizando a nPCR como método diagnóstico. É importante o uso de técnicas moleculares no diagnóstico das hemoparasitoses, especialmente em casos de co-infecções. A ausência de produtos amplificados na nPCR de A. phagocytophilum na população deste estudo não implica que este microrganismo esteja ausente no município de Viçosa.
Palavras-chave hemoparasitose, diagnóstico molecular, cães
Forma de apresentação..... Oral
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