ISSN |
2237-9045 |
Instituição |
Universidade Federal de Viçosa |
Nível |
Pós-graduação |
Modalidade |
Pesquisa |
Área de conhecimento |
Ciências Biológicas e da Saúde |
Área temática |
Ciências Biológicas |
Setor |
Departamento de Veterinária |
Conclusão de bolsa |
Não |
Apoio financeiro |
FUNARBE |
Primeiro autor |
Andrés Maurício Ortega Orozco |
Orientador |
MARLENE ISABEL VARGAS VILORIA |
Outros membros |
JOAQUIN HERNAN PATARROYO SALCEDO, Julia Angelica Gonçalves da Silveira, LEANDRO ABREU DA FONSECA, Lorraine Rossi Signorelli Machado Dornelas |
Título |
Detecção molecular de hemoparasitas e alterações hematológicas em cães atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Viçosa, Viçosa-MG. |
Resumo |
Os cães são animais de estimação de importância na sociedade atual em relação ao bem-estar humano e são consideradas espécies sentinelas frente a doenças infecciosas. Devido a isto, as doenças transmitidas por carrapatos tornam-se de especial interesse, pois apresentam risco para a saúde animal e humana. No Brasil, Ehrlichia canis (E. canis) é o hemoparasita detectado com maior frequência, assim como Babesia vogeli (B. vogeli), Anaplasma platys (A. platys) e Hepatozoon canis (H. canis). Alguns patógenos são considerados agentes zoonóticos, como Anaplasma phagocytophilum (A. phagocytophilum), causador da anaplasmose granulocítica humana. Na clínica médica de pequenos animais, a infecção por doenças transmitidas por carrapatos são diagnosticadas com elevada prevalência. A trombocitopenia tradicionalmente está associada a estas infecções. Assim, o objetivo desta pesquisa foi determinar a prevalência de infecção por hemoparasitas diagnosticados através da reação em cadeia da polimerase do tipo nested (nPCR) atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Viçosa-MG. Foram avaliados e correlacionados os resultados obtidos através da nPCR com alterações nos parâmetros hematológicos dos animais avaliados. Foram analisadas 100 amostras de sangue de cães, com trombocitopenia marcada (plaquetas < 100.000/μL) ou com visualização direta de hemoparasitas no esfregaço sanguíneo, obtidas da rotina do Laboratório de Patologia Clínica Veterinária da UFV. O hemograma foi realizado com contador automatizado de células. A contagem diferencial dos leucócitos e pesquisa de hematozoários foi realizada por meio de esfregaços sanguíneos com coloração tipo Romanowsky com posterior leitura realizada no microscópio óptico. A determinação de proteínas plasmáticas foi realizada por refratometria. As amostras foram submetidas à extração de DNA e posteriormente à nPCR. Do total das amostras, 60 foram positivas para no mínimo um hemoparasita. O DNA de Ehrlichia spp. foi detectado em 26% (26/100) das amostras, Anaplasma spp. em 23% (23/100), Babesia spp. em 18% (18/100) e Hepatozoon spp. em 15% (15/100). DNA de A. phagocytophilum não foi amplificado em nenhuma amostra. Em 21% (21/100) das amostras foi detectada a presença de mais de um hemoparasito. As alterações hematológicas mais significativas foram anemia, trombocitopenia e aumento na concentração de proteínas plasmáticas. A trombocitopenia pode ser considerada uma alteração sensível nos casos de hemoparasitose, porém, não é específica. Os dados obtidos sugerem que E. canis é o hemoparasita detectado com maior prevalência em cães trombocitopênicos no município de Viçosa-MG utilizando a nPCR como método diagnóstico. É importante o uso de técnicas moleculares no diagnóstico das hemoparasitoses, especialmente em casos de co-infecções. A ausência de produtos amplificados na nPCR de A. phagocytophilum na população deste estudo não implica que este microrganismo esteja ausente no município de Viçosa. |
Palavras-chave |
hemoparasitose, diagnóstico molecular, cães |
Forma de apresentação..... |
Oral |