Resumo |
Na perspectiva da educação formal, a avaliação é utilizada no contexto escolar como fim do processo de ensino/aprendizagem, não obstante, muitas vezes essa não cumpre bem o seu papel. Reconsiderações acerca da temática têm suscitado numerosas discussões no campo da Didática, e dentre essas, situa-se o debate em torno de uma “avaliação formativa alternativa”, que consistiria em personalizar o ensino e o conteúdo formal de acordo com as especificidades de cada indivíduo e do público-alvo, potencializando as qualidades e interesses individuais, sem deixar de se considerar o todo harmônico. Através do método da “avaliação formativa alternativa”, é possível se reverter o sistema excludente e meritocrático da “escola tradicional”, isto é, aquele modelo educacional bancário, tecnicista e mercadológico, e transformar o ensino público como um todo. Ao trazermos esse método para a sala de aula, a avaliação serviria como uma espécie de “guia” para o/a educador/a adaptar o conteúdo curricular obrigatório, bem como outros conteúdos, como os temas transversais etc, a partir dos interesses de seus alunos e alunas, baseando-se, sobretudo, no conhecimento prévio desses/as, percebido através do feedback da avaliação. Trazendo essa discussão a uma outra matéria igualmente relevante, que é a discussão de gênero, percebe-se, através da experiência do PIBID na escola estadual Effie Rolfs, em Viçosa-MG, que os estudantes do 9º ano do ensino fundamental têm uma singular percepção acerca do gênero feminino e de suas lutas e conquistas sociais na primeira metade do século XX, bem como questionamentos acerca da sua participação na II Guerra Mundial e em outros movimentos históricos. Em vistas disto, o/a educador/a, preocupado/a com a valorização da autonomia de seus estudantes, e de seus respectivos conhecimentos prévios, aplicaria um breve questionário anterior à explanação do conteúdo, com o intuito de perceber quais pontos deveriam ser mais bem trabalhados e de que forma. O produto dialético desse questionário serviria como referencial para uma possível avaliação. O questionário seria constituído através de perguntas como: “qual o papel da mulher na sociedade europeia no início do século XX?”, “quais profissões desempenhavam?”, “quais cargos as mulheres ocupavam no exército?”, “qual a importância histórica do voto feminino e o que isso representou para a vida das mulheres naquela época?”. Portanto, esse trabalho propõe a confecção de um questionário simples e objetivo, que seria aplicado aos alunos e alunas, e, com a coleta desses resultados, buscaria se fazer uma discussão entre professor/a de História e bolsistas do PIBID, a fim de se elaborar ao final estratégias de ensino eficientes, que deem conta das defasagens do ensino da História. Por fim, espera-se que os resultados de um questionário prévio facilitem o ofício do/a professor/a (ensino/aprendizagem) ao longo dos conteúdos curriculares. |