ISSN | 2237-9045 |
---|---|
Instituição | Faculdade de Ciência e Tecnologia de Viçosa |
Nível | Graduação |
Modalidade | Pesquisa |
Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
Área temática | Psicologia |
Setor | Departamento de Artes e Humanidades |
Conclusão de bolsa | Não |
Primeiro autor | Roselaine da Cunha Barros |
Orientador | Sérgio Domingues |
Título | O método de orientação clínica na pesquisa-intervenção: contribuições da psicanálise à psicologia escolar |
Resumo | Resumo: Qualquer prática que vise a atuação do psicólogo sobre a realidade escolar envolve ampla discussão sobre as concepções do homem, escola, educação e relações que constituem a trama institucional. Atualmente, o papel do psicólogo nas escolas busca promover reflexões capazes de propiciar conscientização dos papéis representados pelos vários grupos que compõem a instituição e não apenas de adaptar as crianças aos processos educativos tradicionais. Assim, o objetivo desta pesquisa foi quantificar as contribuições da psicanálise à psicologia escolar por meio do método de orientação clínica na pesquisa-intervenção. Esse método utiliza do princípio Freudiano de: “recordar, repetir e elaborar”. Para tal, foi realizada a escuta de seis professoras de uma escola pública do município de Viçosa – MG, todas atuantes no seguimento do ensino fundamental I. A coleta de dados se deu por meio da fala, repetição e elaboração em 5 encontros grupais ocorridos, semanalmente, com duração de uma hora cada. Inicialmente, as falas/discursos (os elementos subjetivos - inconscientes) das docentes foram anotadas no diário de bordo, redigido imediatamente após cada “roda de conversação”. Em seguida, no diário clínico, os registros foram pautados nas considerações, nos achados e nos resultados de meios complementares sobre o caminho a ser seguido. Para análise dos discursos docentes, foi levado em consideração o lugar ocupado pelas professoras, isto é, o contexto histórico-social, à imagem que fazem do que são, o lugar de onde se fala e as condições oferecidas para as produções dos diálogos. Observou-se que as professoras entendem que cada aluno possui uma especificidade, jeito de ser e de aprender, potencial diferenciado, tempo próprio e ritmo de aprendizagem. Alguns apresentam dificuldades de aprendizagem, mas o difícil é saber como trabalhar e respeitar toda essas especificidades. As docentes também alegam que a maioria dos cursos de capacitação é realizada no sentido de buscar novas metodologias de ensino. Entretanto, Freud fez uma reflexão sobre a educação e colocou-a como uma profissão impossível. Impossível não no sentido de paralisar e nem no sentido de dizer que a educação é inútil, mas no sentido de apontar os limites da ação educativa, ou seja, lembrar que o instrumento de ação do educador não é assim tão poderoso. Para a psicanálise, a relação entre professor e aluno não está no valor dos conteúdos cognitivos que transitam entre eles e, sim, na formação que é transmitida de um para o outro. Concluindo que a contribuição da psicanálise à psicologia escolar está pautada na transmissão ética ao educador, no seu modo de ver e entender a sua prática educativa, permitindo o reconhecimento de que o ensino não se sustenta na ilusão existente entre saber e verdade, mas no reconhecimento de que a aprendizagem alterna de acordo com os processos individuais. |
Palavras-chave | Orientação clínica, psicanálise, psicologia escolar |
Forma de apresentação..... | Painel |