Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 9025

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Microbiologia
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Isabela da Silva Paes
Orientador SERGIO OLIVEIRA DE PAULA
Outros membros Gabriele Rocha Santana, Marcella Silva Vieira, Roberto Sousa Dias, Vinicius da Silva Duarte
Título Avaliação in vitro do coquetel de bacteriófagos em bactérias super-resistentes isoladas de animais com mastite bovina.
Resumo A mastite bovina é uma das doenças mais comuns encontradas em gado leiteiro, consiste na infecção das glândulas mamárias do animal e é causada principalmente por bactérias do gênero de Staphylococcu e Escherichia coli. O tratamento da doença amplamente utilizado consiste na administração de antibióticos intramamarios, visando suprimir a proliferação do patógeno. A formação de biofilme por parte desses micro-organismos é um dos grandes interferentes desse tratamento, visto que o material extracelular confere maior resistência aos agentes antimicrobianos. O uso continuo de antibióticos contribui fortemente para o surgimento de bactérias super-resistentes, acarretando preocupações com a transferência de genes de resistência a antibióticos para patógenos humanos. Dessa forma buscou-se tratamentos alternativos que contornassem esse problema, como o uso terapêutico de bacteriófagos. Entretanto, os bacteriófagos, atuam sobre espécies ou até mesmo estirpes especificas, interferindo na sua efetividade contra grupos distintos de bactérias. Logo, demonstra-se a necessidade em utilizar um coquetel, com diferentes fagos, visando aumentar a gama de hospedeiros. Foram isoladas 241 bactérias, a partir de 27 animais em período de secagem, das quais 89 apresentavam resistência a mais de 7 antibióticos. Para o presente estudo foram selecionadas 6 bactérias com resistência a mais de 50% dos 23 antibióticos testados. Com o objetivo de avaliar a influência do coquetel sobre a biomassa bacteriana, 6 isolados inicialmente com densidade óptica de 0,1, foram incubados a 37º C em meio de cultura por 48 horas, na presença e na ausência do coquetel de fagos. Posteriormente, o biofilme formado foi analisado por meio do dispositivo MBEC® – “Minimum Biofilm Eradication Concentration”, seguindo recomendações do fabricante, e a leitura realizada em espectrofotômetro de microplaca a 600 nm. Além disso os 6 isolados juntamente com o coquetel foram inoculados em meio semi-sólido, vertidos em placa e encubados a 37ºC por 24h, de modo a verificar a ação lítica dos fagos. Foi observado a redução do biofilme na presença do coquetel de fagos para os isolados 15AD4 e 3017AD1; nos isolados 3028AD1 e 8008PD1 não foram observadas diferenças; e nos isolados 2030PD1 e 2020PD1 ocorreu leve aumento na biomassa, provavelmente devido ao estresse causado à bactéria, levando a um maior nível de proliferação. Foram encontradas placas de lise no isolado 2030 PD1 sugerindo assim sua aplicação no controle de células em suspensão, visto que foram encontradas lises bacterianas. Uma vez que aumentou a formação de biofilme, uma possível explicação seria a conversão do ciclo lítico de alguns fagos do coquetel do para o ciclo lisogênico ou ausência de depolimerases específicas. Mais ensaios serão realizados em tempos diferentes a fim de estabelecer a cinética para a ação dos fagos, além de elucidar os mecanismos de ação sobre as bactérias avaliadas.
Palavras-chave Bacteriófagos, Mastite bovina, Coquetel
Forma de apresentação..... Painel
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