Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 9020

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Botânica
Setor Departamento de Biologia Vegetal
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Naila Diniz e Castro
Orientador ARISTEA ALVES AZEVEDO
Outros membros Brenda Vila Nova Santana, Daniela Grijó de Castro
Título Implicações ultraestruturais do acúmulo de alumínio em cloroplastos de Rudgea viburnoides, espécie nativa do Cerrado
Resumo O bioma brasileiro Cerrado é considerado a savana com a maior riqueza de espécies do mundo, apresentando um elevado grau de endemismo e biodiversidade. É também um dos ‘hotspots’ para a conservação da biodiversidade mundial. Uma caraterística marcante das espécies nativas deste bioma, de grande importância e interesse econômico, é a resistência ao alumínio (Al), cuja forma potencialmente tóxica (Al3+) é encontrada em altos níveis nos solos do Cerrado. Espécies denominadas tolerantes absorvem e inativam o Al por meio, principalmente, da complexação com a parede celular e da compartimentalização em vacúolos. Entretanto, recentemente, foi descrito o acúmulo de Al também nos cloroplastos de Rudgea viburnoides (Rubiaceae), espécie nativa deste bioma. No presente trabalho, objetivou-se verificar se folhas de primeiro nó acumulariam menor quantidade de Al em relação às folhas de terceiro nó e se ocorreriam danos ultraestruturais em cloroplastos de folhas de primeiro e terceiro nós de R. viburnoides, devido ao acúmulo de Al nesta organela. Folhas de primeiro e terceiro nós de R. viburnoides foram coletadas em área de Cerrado stricto sensu, na Floresta Nacional (FLONA) de Paraopeba – MG, para quantificação e histolocalização de Al e análise ultraestrutural da folha em microscopia eletrônica de transmissão (MET). Folhas de primeiro nó acumularam 10 g Al kg-1 de matéria seca foliar (MSF) e as de terceiro, 16 g Al kg-1 MSF, concentrações consideradas tóxicas para grande parte das espécies de interesse agronômico. A absorção de Al está diretamente relacionada ao fluxo transpiratório, o que explica as maiores concentrações de Al em folhas de terceiro nó, as quais transpiraram por mais tempo. A análise histoquímica confirmou a presença de Al no interior dos cloroplastos de R. viburnoides, o que motivou a posterior análise em MET. Folhas de terceiro nó apresentaram cloroplastos com estrutura íntegra, semelhante às folhas de primeiro nó, nas quais foram verificados cloroplastos com tilacóides organizados em grana e membranas envoltórias sem danos. Porém, foi observada maior quantidade de plastoglóbulos em folhas de terceiro nó, o que pode evitar possíveis efeitos da toxidez do Al. O sequestro e isolamento do metal no interior de plastoglóbulos pode minimizar o processo oxidativo, já que tais estruturas atuam na proteção contra radicais livres. Constatou-se, portanto, que os cloroplastos de R. viburnoides não apresentaram comprometimento estrutural na presença de Al, o que confirma o alto grau de adaptação da espécie à forma tóxica deste metal.
Palavras-chave Anatomia vegetal, fitotoxidez do alumínio, microscopia eletrônica de transmissão
Forma de apresentação..... Painel
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