ISSN |
2237-9045 |
Instituição |
Universidade Federal de Viçosa |
Nível |
Graduação |
Modalidade |
Pesquisa |
Área de conhecimento |
Ciências Biológicas e da Saúde |
Área temática |
Biologia Geral |
Setor |
Departamento de Biologia Animal |
Bolsa |
PIBITI/CNPq |
Conclusão de bolsa |
Sim |
Apoio financeiro |
CNPq |
Primeiro autor |
Sérgio Barreto Queiroz Junior |
Orientador |
REGGIANI VILELA GONCALVES |
Outros membros |
Estefanny Ruiz García, FABIANA CRISTINA SILVEIRA ALVES DE MELO, Mariáurea Matias Sarandy Souza, Rômulo Dias Novaes |
Título |
Efeito do veneno da Lachesis muta muta na cicatrização de feridas cutâneas de segunda intenção em camundongos Swiss-Webster |
Resumo |
Compostos de origem animal têm sido estudados na busca de um tratamento efetivo para acelerar o processo de cicatrização e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Em venenos de serpentes são encontrados uma grande variedade de componentes proteicos, tais como toxinas, as quais apresentam atividade direta em processos fisiológicos durante o envenenamento. Devido à ampla atividade biológica e especificidade para diferentes marcadores moleculares, há grande interesse na identificação e isolamento dessas toxinas. Apesar disso, poucos estudos investigam a atividade de proteínas isoladas em processos cicatriciais. Lachesis muta é uma serpente pertencente à família Viperidae com distribuição ao longo da América do Sul. Estudos demonstraram que proteínas isoladas do veneno de Lachesis muta muta têm atividade farmacológica no combate de células carcinogênicas, distúrbios de coagulação e controle da hipertensão. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da fração 17 do veneno de L. muta muta (L17) na cicatrização de feridas cutâneas, na atividade de enzimas antioxidantes e nos níveis de marcadores de estresse oxidativo em camundongos Swiss-Webster. Os animais foram anestesiados para a realização de feridas de segunda intenção no dorso (10 mm de diâmetro). Foram utilizados 36 camundongos machos com sete semanas de idade, os quais foram distribuídos aleatoriamente em quatro grupos: C (controle) - tratado com 0,9% de solução salina; SS (controle posititvo) – tratado com 0,6g de sulfadiazina de prata 0,01%; A – tratado com 5 µl de L17 (100 µl/ml) e grupo B – tratado com 5 µl de L17 (200 µl/ml). As feridas foram limpas diariamente com solução salina 0,9% antes da aplicação tópica de cada tratamento, com duração de 12 dias. A cada 4 dias fragmentos das feridas foram removidos de três animais por grupo, para análise histológica e de estresse oxidativo, até o término do experimento. Animais tratados com a fração F17 mostraram aceleração no precesso de cicatrização, com aumento da celularidade (dia 8) e da produção de vasos sanguíneos (dias 4 e 8). L17 também estimulou a deposição de colágeno tipo I e tipo III, aumentou a atividade das enzimas antioxidantes superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT) e reduziu os marcadores de estresse oxidativo malondialdeído (MDA) e proteínas carboniladas (PC). Portanto, os resultados sugerem que a fração L17 do veneno de L. muta muta pode ser efetiva no tratamento de feridas de segunda intenção, uma vez que promove aumento da celularidade e angiogênese, além de favorecer a deposição de colágeno para formação da matriz extracelular durante a remodelação tecidual. Esta fração também demonstrou proteção antioxidante, reduzindo os danos causados por radicais livres. L17 pode representar um promissor composto de origem animal no tratamento de feridas. |
Palavras-chave |
Reparo cutâneo, Lachesis muta muta , estresse oxidativo |
Forma de apresentação..... |
Painel |