Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 9011

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Ensino médio
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Química
Setor Colégio de Aplicação - Coluni
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor ISABELLA MOREIRA FLÔRES
Orientador ADENILSON ABRANCHES MONTEIRO
Outros membros Taís Delazari de Carvalho
Título O uso de solos como pigmentos naturais na elaboração de tintas para fins artísticos
Resumo O uso de pigmentos naturais para a preparação de tintas é uma prática desde a pré-história como nos mostram as pinturas rupestres. Desde aquela época, já eram usados os pigmentos de origem vegetal, animal e mineral, sendo que este último se destaca pela sua durabilidade. A pesquisa teve como objetivo, além de aplicar conhecimentos teóricos das aulas de química diante de realidades na natureza, resgatar técnicas milenares de forma a obter e caracterizar solos de cores variadas da região de Viçosa-MG a fim de obter pigmentos para fins artísticos, o mais refinado possível, por meio de técnicas de separação físicas alternativas como decantação, sedimentação, centrifugação e peneiração. O solo é produto do intemperismo sobre um material de origem que cobre a superfície terrestre e é constituído de três fases: sólida (minerais e matéria orgânica), líquida e gasosa. Ele divide-se em quatro principais camadas. A primeira camada é rica em húmus e matéria orgânica, importante para o plantio, chamada de fértil, porém, desfavorável para o uso como tinta porque favorece crescimento de microrganismos. Na elaboração de tintas, apresentou alteração de cores ao longo do tempo e baixa estabilidade de fixação nas superfícies testadas. A segunda camada é a dos sais minerais, formada por: 7 a 10% de calcários, 20 a 30% de argila (caolinita, caulim e sedimentos de feldspato) e 60 a 70% de areia. Os calcários e a argila resultaram em pigmentos com variadas cores conforme a composição química e elevada estabilidade. A areia, pelo tamanho elevado das partículas, demonstrou-se ideal para uso como texturas e não para elaboração de tintas. A terceira camada é a das rochas parcialmente decompostas. A quarta é chamada de rocha matriz, que estão iniciando a decomposição. Ambas não foram coletadas na pesquisa porque não são ideais como pigmentos na preparação de tintas. A granulometria foi uma classificação importante avaliada na pesquisa e observou-se que as menores partículas resultaram em melhores pigmentos. A argila de tamanho menor que 0,002 mm mostrou-se ideal para o preparo de tintas, enquanto o silte (calcários), de tamanho entre 0,05 e 0,002 mm, mostrou-se razoável, porém, a pintura ficou levemente áspera o que nada impede de ser bem utilizada em artes plásticas. Já o solo arenoso que tem partículas maiores não foi considerado ideal para o preparo de tintas e sim para a formação de texturas. As técnicas de decantação e sedimentação do solo em meio aquoso, apesar de serem demoradas, mostraram-se eficazes na obtenção de partículas menores. A centrifugação é um processo mais rápido, mas necessita de equipamento específico. A peneiração nem sempre permitiu uma boa uniformidade das partículas. O trabalho possibilitou conhecer os principais elementos que constituem o solo, utilizar técnicas de separação física de baixo custo, identificar os elementos mais adequados à elaboração de tintas, elaborar tintas e experienciar a utilização das mesmas em pinturas sobre telas.
Palavras-chave tinta de terra, tinta de solo, técnicas de separação para obter tintas
Forma de apresentação..... Painel
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