Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 9009

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Outros
Setor Departamento de Solos
Bolsa PIBEX
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro UFV
Primeiro autor Paula Thais Prado da Silva
Orientador IRENE MARIA CARDOSO
Título Sistemas agroflorestais na Zona da Mata de Minas Gerais: sistematizar as experiências para apreender as lições. Intercâmbios agroecológicos.
Resumo O projeto é continuidade de um conjunto de ações desenvolvidas desde 2008. Estas ações articulam diferentes instituições e ou organizações, como os sindicatos de trabalhadores rurais, associações de agricultores/as, Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata, grupos de de agroecologia e ou de extensão e pesquisa da UFV. O projeto objetiva ampliar o uso de sistemas agroflorestais e a integração destes com a criação animal em propriedades agroecológicas da agricultura familiar de municípios da região da Zona da Mata mineira. As principais ações desenvolvidas são os intercâmbios agroecológicos e a participação na Troca de Saberes, evento anual realizado na UFV, cujo tema em 2017 foi Diálogos das diversidades: Resistência e liberdade em nossas terras e territórios. Os intercâmbios agroecológicos possibilitam a troca de experiências e a construção de novos conhecimentos em encontros realizados em propriedades rurais, nos quais participam um público amplo, como as famílias camponesas, técnicos do Centro de Tecnologias Alternativas, professores e estudantes da UFV. Os intercâmbios valorizam as experiências que fortalecem a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Já a troca de saberes é aqui entendida como um grande intercâmbio agroecológico, pois propicia a troca de experiências e conhecimentos entre os Agricultores Familiares e a Academia. Durante os intercâmbios e a Troca de Saberes incentiva-se à diversificação da produção, a inclusão de árvores nativas e frutíferas nas lavouras de café, a criação de redes e acessos à comercialização, a produção de insumos alternativos, a conservação e multiplicação de sementes crioulas, o aumento da resiliência do agricultor frente ao mercado, e as práticas alternativas de alimentação de criação animal, a alimentação de qualidade, o cuidado com os resíduos e valoriza-se e visibiliza-se a cultura popular. Após a realização dessas grandes trocas de conhecimentos é realizada a sistematização das informações. As informações sistematizadas são divulgadas para os agricultores durante os próximos intercâmbios e Troca de Saberes, através de instalações artístico-pedagógicas, círculos de cultura e informativo denominado Nossa Roça. Atualmente aproximadamente 150 famílias participam dos intercâmbios agroecológicos e aproximadamente 400 pessoas participam da Troca de Saberes, principalmente dos municípios da região. As ações possibilitaram socializar experiências e construir novos aprendizados; contribuir para a melhoria da autoestima e a capacidade de lidar com os problemas relacionados à agricultura; aumentou a agrobiodiversidade favoreceu os serviços ambientais dela advindos e melhorou o manejo da criação animal; melhorou a segurança e soberania alimentar das famílias e a oferta de alimentos para os animais domésticos e para a fauna e; melhorou a qualidade do solo e da água. Parte dos produtos advindos da agrobiodiversidade foram comercializado e contribuiu para aumentar a renda das famílias.
Palavras-chave agricultura familiar, transição agroecológica, troca de saberes
Forma de apresentação..... Painel
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