Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8994

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Biologia Geral
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Alice Cristina de Sampaio e Silva
Orientador MARIANA MACHADO NEVES
Outros membros GUSTAVO COSTA BRESSAN, Juliana Alves do Vale, Nara Clara Lazaroni e Merchid, ROBSON RICARDO TEIXEIRA
Título Análise bioquímica e morfológica de fígado de camundongos inoculados com células B16-F10 e tratados com composto inibidor de SRPKs
Resumo A desregulação da atividade da maquinaria de splicing já foi correlacionada a diversos tipos de câncer, inclusive ao melanoma. As Serine Arginine Protein Kinases (SRPKs) são proteínas que regulam o processo de splicing e foram descritas como super expressas no melanoma. Essa super expressão induz a formação de fenótipos que favorecem o desenvolvimento do tumor. Sabendo que o melanoma é altamente agressivo e letal e que os quimioterápicos atuais são ineficientes e produzem inúmeros efeitos colaterais, compostos que inibem essas SRPKs são promissores. Nesse contexto, um inibidor de SRPKs derivado de isonicotinamida, o SRVIC30, exibiu atividade antimetastática em estudos preliminares in vivo. Além do potencial antitumoral, a toxicidade de compostos também deve ser levada em consideração, uma vez que um bom composto deve exibir atividade antitumoral e baixa toxicidade. Portanto, o objetivo do presente estudo foi verificar possíveis efeitos tóxicos do SRVIC30. Para isso, 2x105 células B16-F10 foram inoculadas no dorso de 20 camundongos C57BL/6. Em seguida, os animais foram pesados e divididos aleatoriamente em grupos controle (n=5), o que recebeu o veículo dimetilsulfóxido (DMSO) 1%, e tratado, o que recebeu 150 µL do SRVIC30 diluído em DMSO 1%, na dose de 16 μM/mL-1 (n=5). Os tratamentos foram administrados cinco vezes por semana durante 14 dias, por via peritumoral. No 15º dia de experimento, os animais foram pesados e eutanasiados (CEUA número de protocolo 41/2016). O sangue coletado por punção cardíaca foi centrifugado para obtenção do soro que foi usado em análises bioquímicas de TGO e TGP. O peso relativo do fígado foi calculado utilizando a seguinte fórmula: Peso relativo (g/100g) = Peso do órgão (g) X 100/ Peso corporal final do animal (g). O fígado foi dissecado, processado para microscopia de luz e os cortes histológicos corados com hematoxilina-eosina. Dez campos histológicos foram fotografados na objetiva de 20x. Vaso sanguíneo, capilar sinusoide, núcleo, citoplasma, hepatócito binucleado e infiltrado inflamatório foram contabilizados em uma grade de 266 pontos através do software Image Pro Plus. Os resultados foram avaliados por estatística utilizando o test-t de Student, independente por grupos, a 5% de significância. O peso absoluto do fígado dos animais tratados com o SRVIC30 mostrou-se menor (0,95±0,01 g) em relação ao controle (1,09±0,05 g). Quanto aos testes enzimáticos de biomarcadores de dano hepático (TGO e TGP), não houve diferença estatística entre os grupos. Quanto às análises histopatológicas, o fígado não apresentou alterações teciduais. Nas análises morfométricas não foram observadas diferenças significativas entre os parâmetros analisados. Portanto, pode-se concluir que o SRVIC30, na concentração e tempo testados, não causou danos hepáticos teciduais e nem enzimáticos, o que torna o SRVIC30 um composto antitumoral promissor para o tratamento do melanoma.
Palavras-chave Melanoma, toxicidade, histologia
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,64 segundos.