Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8968

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Presidente Antônio Carlos
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina Veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Kélita Dhunister Leite Caetano Silva
Orientador Letícia Calovi de Carvalho Santos
Outros membros Laryssa Monteiro Portes Barros Magalhães, Laura Esther Lopes Duque, Leonardo de Souza Vieira, Paula Baêta da Silva Rios
Título Prolapso retal em um gato associado á cálculo vesical - Relato de caso
Resumo O prolapso retal é a protrusão da mucosa do reto através do ânus e tem maior predisposição em animais jovens, de qualquer raça, idade ou sexo. Possui etiologias variadas, porém a maioria delas provém de causas digestivas. A urolitíase é uma afecção comum em gatos ocorrendo quando a urina fica supersaturada com sais, podendo ocorrer à precipitação, formando assim os cristais. O objetivo do presente trabalho é relatar o caso de um gato com prolapso retal recidivante causado por urolitíase em vesícula urinária. Um gato, fêmea, 05 anos de idade, compareceu para atendimento devido prolapso retal recorrente após sutura anal em bolsa de fumo. A mesma apresentou estrangúria, hematúria, anorexia, adipsia, normoquesia, dor a palpação abdominal na região da bexiga e desidratação. O animal já havia sido diagnosticado com cálculo em vesícula urinária através de ultrassonografia abdominal. Avaliou-se se a massa prolapsada era decorrente de prolapso retal ou intussuscepção, através da inserção do dedo indicador entre a parede do ânus e o prolapso. Não havendo progressão do mesmo, constatou-se que era prolapso retal. Logo, o animal foi encaminhado emergencialmente para realização de redução de prolapso, cistotomia e colopexia. O animal foi sedado com diazepam 0,3 mg/kg IV e induzido com propofol 1,8 mg/kg IV, foi entubado e mantido com anestesia inalatória (Isuflorano) e fez-se anestesia epidural com morfina 0,03 ml e lidocaína 0,6 ml. O cálculo removido possuía formato elíptico de dimensões 0,4 cm x 0,2 cm, e foi encaminhado para análise laboratorial para melhor elucidação do caso. Não foi necessário a ressecção da parte prolapsada pois não houve necrose na mesma. Na medicação pós operatória foi indicado o uso de Azitromicina na dose de 10 mg/kg a cada 24 horas durante 7 dias consecutivos, e Tramadol na dose de 5 mg/kg duas vezes ao dia durante 5 dias consecutivos. Também foi prescrita dieta líquida até novas recomendações e o uso de roupa cirúrgica até a retirada dos pontos. A análise laboratorial do urólito foi de composição de estruvita, mais comuns em gatos jovens e adultos com cerca de 1 a 7 anos, e mais frequentemente encontrado em fêmeas. Devido a grande variedade de causas que podem levar ao prolapso retal, deve-se estar extremamente atendo na hora da descoberta dos mesmos durante avaliação clínica, já que o primeiro passo é tratar a causa base do problema. É importante que esta descoberta seja feita rapidamente porque ela definirá os passos do tratamento e o prognóstico do animal.
Palavras-chave urólito, prolapso, gato
Forma de apresentação..... Oral, Painel
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