Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8928

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciência e Tecnologia de Alimentos
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG, FUNARBE
Primeiro autor Matheus Italo Bomfim Aragão
Orientador MONIQUE RENON ELLER
Outros membros Anderson Junior de Freitas, Danilo Lemes Canettieri, Débora Cristina Pimentel, Elizabeth Bárbara Epalanga Pires
Título Caracterização de fitases produzidas pela levedura Kluyveromyces marxianus
Resumo INTRODUÇÃO: As rações para monogástricos formuladas com sementes de leguminosas e cereais possuem grande parte do fósforo indisponível na forma de fitato, um fator antinutricional que diminui a absorção de íons e nutrientes essenciais pelos animais. A incorporação de fitases à ração é fundamental para acrescer a disponibilidade de fósforo, mas seu alto custo de produção limita a disseminação de seu uso no Brasil. OBJETIVO: analisar o efeito da temperatura, pH e íons metálicos na atividade de fitases produzidas pela levedura Kluyveromyces marxianus. MATERIAS E METODOS A levedura foi cultivada via fermentação submersa em meio YEPG por 24 h. O extrato obtido foi fracionado via precipitação por sulfato amônio e as frações de 60% e 80% foram dialisadas e utilizadas para os ensaios. A atividade de fitases foi avaliada nas temperaturas de 10 a 80 ºC, em pH 7,0, em soluções com pH de 2,5 a 9,0, a 28 ºC, e na presença de 2 e 4 mM dos sais AgSO4, CaCl2, CaCO3, CaSO4, CuSO4, MgCl2, NH4Cl, ZnSO4. RESULTADOS: A enzima presente na fração de 60% apresentou atividade estável abaixo de 30 e acima de 70 ºC e foi estável em praticamente toda a faixa de pH testada, exprimindo atividade máxima em pH 3,5. Em contraste, a enzima presente na fração de 80% possui estabilidade em todas as temperaturas avaliadas, com um pico máximo em 70 ºC. Ela foi consideravelmente inibida nas faixas de pH ≥ 4,5, mas apresentou alta atividade em pH ácido (≤ 4,0). Essas condições são ideais para a atuação dessas enzimas no estômago dos animais. A adição dos sais NH4Cl, MgCl2, CaSO4, CaCO3, CaCl2 e ZnSO4 estimulou a atividade da fitase na fração de 60%, enquanto CuSO4 e AgSO4 causaram inibição parcial. A fitase presente na alíquota de 80% foi fortemente inibida por AgSO4, CaCO3, CaSO4, CuSO4, MgCl2, NH4Cl e ZnSO4, indicando que a primeira se adaptaria melhor a diferentes matrizes de rações. CONCLUSÃO: A enzima presente na fração de 60% apresentou características ideais para o emprego em rações de monogástricos, devido a sua alta atividade em meios contendo variada gama de íons, flexibilidade em diferentes valores de pH e temperatura ótima de catálise próximo à temperatura fisiológica (37 ºC). A enzima presente na alíquota de 80% necessitaria ser adaptada para uso em rações devido a sua baixa tolerância aos íons utilizados, comuns nesse tipo de alimento, mesmo possuindo atividade em pH gástrico ≤ 4,5 e atividade regular nas diferentes faixas de temperatura.
Palavras-chave Fitases, Biotecnologia, Suínos
Forma de apresentação..... Painel
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