Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8918

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Botânica
Setor Departamento de Biologia Vegetal
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Maria Victória Costa de Souza
Orientador WAGNER CAMPOS OTONI
Outros membros Daniele Vidal Faria, Diego Silva Batista, Ludmila Nayara de Freitas Correia
Título Influência da qualidade espectral e irradiância lumínica no desenvolvimento in vitro de urucum (Bixa orellana L.)
Resumo O urucum é um arbusto da família Bixaceae, considerado importante alimento funcional e única fonte explorada para a produção do pigmento carotenoide bixina, um corante natural amplamente utilizado nas indústrias alimentícia, farmacêutica, cosmética e têxtil. Os carotenoides absorvem a luz em diferentes espectros e são capazes de proteger a clorofila contra a oxidação causada pelo excesso de luz. Assim, a qualidade e quantidade lumínicas afetam o sistema fotossintético e, consequentemente, o desenvolvimento das plantas. Porém, na literatura não existem relatos da influência desses fatores em plantas de urucum cultivadas in vitro. Objetivou-se no presente estudo verificar a influência da luz no desenvolvimento in vitro de urucum. Como explantes, foram usados ápices caulinares (± 1 cm) derivados de plantas estabelecidas in vitro a partir de sementes e repicadas, mensalmente, em meio JADS adicionado de 4,56 μM de zeatina, sendo os explantes posteriomente transferidos para meio JADS com 5 µM de ácido indolbutírico. As culturas foram mantidas em sala de crescimento com fotoperíodo de 16 h e 25 ± 2 °C e irradiância de 50 µmol m-2 s-1. Para avaliar a influência da irradiância, ápices caulinares foram cultivadas sob 50, 150 e 200 µmol m-2 s-1, por 45 dias, e sob 50 µmol m-2 s-1, por 15 dias e, em seguida, transferidos para 50, 150 e 200 µmol m-2 s-1, onde permaneceram por mais 30 dias de cultivo. Já para avaliar a influência da qualidade lumínica, os ápices caulinares foram cultivados sob 50 µmol m-2 s-1 utilizando: lâmpadas fluorescentes, LED brancas e LED azul/vermelha. Após 45 dias de cultivo foram avaliados: a frequência de enraizamento (%), a massa fresca (g), a massa seca (g), o comprimento da parte aérea (cm) e o número de folhas por planta. O delineamento foi inteiramente casualizado (cinco irradiâncias e três qualidades de luz). Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas por Scott e Knott, a 5% de probabilidade. Concluiu-se que a qualidade de luz não promoveu diferenças estatísticas significativas, bem como nas análises de massas fresca e seca nas diferentes irradiâncias avaliadas. Todavia, o comprimento da parte aérea e o número de raízes apresentaram diferenças significativas nas irradiâncias avaliadas, com comportamento inversamente proporcional ao aumento das irradiâncias. As menores irradiâncias (50 e 150 µmol m-2 s-1) foram as que apresentaram melhores resultados. A irradiância de 200 µmol m-2 s-1 pode ter causado estresse nas plantas levando à redução do crescimento. Este estudo é importante para o desenvolvimento de tecnologias para estudo da modulação da via da bixina, fundamentando estudos de expressão gênica associados à biossíntese desse pigmento em urucum.
Palavras-chave Biotecnologia vegetal, bixina, morfogênese in vitro.
Forma de apresentação..... Painel
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