Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8908

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Educação
Setor Departamento de Geografia
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FUNARBE
Primeiro autor Pâmela Xavier Bastos
Orientador MARIA ISABEL DE JESUS CHRYSOSTOMO
Título Repensando a intolerância cultural e religiosa no ambiente escolar
Resumo O projeto de pesquisa busca identificar o cenário cultural e religioso na Escola Estadual Raul de Leoni.Procuramos compreender as principais práticas culturais e religiosas presentes nos discentes da Escola Raul de Leoni e os focos de tensão existentes na instituição em decorrência de práticas culturais hierarquizantes presentes no universo escolar. A metodologia utilizada foi dividida em três etapas. Na primeira buscamos aportes teóricos e metodológicos para elucidar os conflitos religiosos e culturais existentes na instituição de ensino. A segunda etapa levantou informações com alunos e professores, através de oficinas e entrevistas.Por último, buscamos confrontar as informações obtidas com os conceitos da Geografia.A pesquisa assumiu uma mediação entre a instituição de ensino e o cotidiano dos estudantes que ali estão, uma vez que a escola estudada é periférica e com grande número de alunos negros. As questões étnico-raciais, incluindo a religiosidade negra, não raramente são invisibilizadas na sociedade, isso foi possível constatar através de um levantamento no Jornal Folha da Mata, que indicou a pouca representatividade dessas questões na mídia.Trazer essas questões para o ambiente escolar é uma forma de valorizar a diversidade que permeia esses lugares. Foram realizadas três oficinas com os alunos, em conjunto com a professora de Geografia, que trabalha com o tema “Gênero”.A primeira oficina intitulada “Dinâmica de identidade” buscava apontar a diferença entre o que o aluno é e como ele se representa. Utilizamos um espelho, onde os alunos eram estimulados a se observarem e em seguida se desenharem. A partir disso debatemos sobre racismo e padrões de beleza impostos pela sociedade. A segunda oficina realizada abordava temas como machismo e desvalorização da mulher em vários âmbitos. A sala foi dividida em grupos masculinos e femininos. As meninas deveriam escrever em uma cartolina rosa palavras relacionadas ao “ser mulher” e os meninos em uma cartolina azul palavras relacionadas ao “ser homem”.Com isso, buscamos problematizar os papeis atribuídos aos homens e as mulheres na sociedade. A terceira oficina intitulada “Metodologia dos privilégios” foi uma junção dos temas abordados. Foram realizadas perguntas sobre diversos preconceitos vivenciados no dia a dia, por conta da cor, opção sexual, opção religiosa, misoginia entre outros. Desenhamos no pátio as linhas segundo o número de questões e um ponto de chegada e de partida. Cada passo para a linha seguinte ou anterior era dado segundo a resposta afirmativa ou não. De modo geral, as oficinas contribuíram para iniciar um diálogo com os alunos sobre diversas formas de preconceito, e dessa maneira, um passo importante para minimizá-los,fomentando a igualdade e o respeito.A pesquisa obteve resultados efetivos no campo da aplicação da lei 10.639/03, contribuindo para minimizar focos de intolerância religiosa e preconceito racial naquele ambiente escolar.
Palavras-chave intolerância religiosa, étnico-racial, educação
Forma de apresentação..... Oral
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