Resumo |
A soja atualmente ocupa o topo do agronegócio nacional, apoiada em programas de pesquisa que geraram um conjunto de tecnologias e conhecimentos fundamentais para obtenção de altas produtividades. Diante disto o país assumiu a posição de segundo produtor do grão no mundo e avança para se tornar o maior produtor mundial. Entretanto, para manutenção e aumento da produtividade é necessário minimizar perdas, causadas pelos diversos tipos de estresses bióticos e abióticos sofridos pelas plantas. Estudos com plantas transgênicas de soja superexpressando BiP (Binding protein), chaperona com atividade associada à via UPR (unfolded protein response) e à modulação de PCD (programmed cell death), comprovam que estas são mais tolerantes à seca pela manutenção da homeostase celular e retardo do acionamento da PCD. Em resposta a estas interações as plantas apresentam uma defesa natural baseada em mudanças estruturais e bioquímicas, além de mecanismos de defesa induzida, ativados em condições de estresse. A resistência induzida é baseada na resposta da planta, que ao ser atacada, modifica a atividade de um conjunto de enzimas e o conteúdo de fito-hormônios que irão desencadear cascatas regulatórias de sinalização para ativação dos mecanismos de defesa. O objetivo deste trabalho foi quantificação dos principais hormônios associados ao estresse biótico e abiótico envolvidos na reação de hipersensibilidade no genótipo de soja superexpressando BiP em resposta a inoculação com P. s. pv. tomato . Duas variedades de soja, WT (selvagem) e C9(transgênica tolerante a seca), pós atingirem o estágio V4 foram inoculadas com uma solução contendo bactérias (CI) e as restantes foram inoculadas com solução autoclavada (falso-inoculadas, SI). Os métodos utilizados para quantificação fito-hormonal foram os cromatográficos acoplados à espectrometria de massas do tipo LC-MS QqQ, e posteriormente os dados obtidos foram analisados no software Skyline. Com perfil hormonal gerado comparou-se os tratamentos CI e SI, os tempos zero e 36 h e os genótipos C9 e WT. Em 36 h, apenas auxina (AIA) apresentou resposta significativa, aumentando 3,9 vezes em C9 e 1,9 em WT ao se comparar CI e SI. Em plantas CI, comparando zero e 36 h, AIA aumentou 3,9 vezes em C9 e 3,0 em WT. Foram observados também níveis mais elevados de 40% para o Ácido Jasmônico e Ácido salicílico com aumento para o genótipo transgênico BiP (C9) inoculados com Pseudomonas interação não-compatível, enquanto níveis quase 20% menores para o Ácido Abscísico. Este perfil de resposta hormonal em plantas C9, está de acordo com a observação que a superepressão de BiP atrasa a via de PCD no genótipo transgênico. |