Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8879

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Engenharia Sanitária
Setor Departamento de Engenharia Civil
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Gemima Santos Arcanjo
Orientador ANN HONOR MOUNTEER
Outros membros Eder Carlos Lopes Coimbra, Laís Miguelina Marçal da Silva
Título Degradação fotocatalítica de Remazol Preto Intenso RGB utilizando TiO2 e TiO2 modificado com hidrotalcita e óxido de ferro
Resumo Corantes são substâncias que conferem cor a diferentes produtos, como tecidos e fios, mas entre 20 e 45% dos corantes mais usados na indústria têxtil de algodão não se fixam às fibras e chegam ao efluente, o que causa preocupação ambiental, pois a maioria dos corantes não é degradada no de tratamento biológico de efluentes. A fotocatálise heterogênea tem apresentado elevado potencial para o tratamento de efluentes contendo corantes e se baseia na produção de radicais hidroxila (OH) que apresentam elevado potencial de degradação não seletiva de compostos orgânicos. O objetivo do trabalho foi avaliar a fotocatálise heterogênea utilizando TiO2 e HT/Fe/TiO2 para a degradação do corante têxtil Remazol Preto Intenso RGB (RP) e avaliar a toxicidade do corante antes e após a fotocatálise. O corante RP, da Dystar, foi escolhido por ser o corante mais utilizado na fábrica têxtil que o forneceu. Soluções de RP, 50 mg/L, com concentrações do catalisador (0; 0,1; 0,5; 1 e 2 g/L) e o pH da solução (4, 7, 10 e natural, 5,9) foram agitadas por 30 min no escuro, para o equilíbrio de adsorção, e depois expostas, por 150 min, a uma lâmpada de descarga de Hg de 125W, envolta por um tubo de vidro. Amostras foram coletadas a cada 30 min, centrifugadas a 18.800 g e seus pHs corrigidos para 7,6. A eficiência da fotocatálise foi avaliada em função da remoção de cor ADMI e DQO. A toxicidade aguda da solução foi avaliada com Daphnia similis. Somente fotólise (sem catalisador) e adsorção não foram eficientes para a remoção do corante, pois removeram menos de 1% da cor ADMI. Para os ensaios com TiO2, a melhor concentração de catalisador foi 0,1 g/L e o melhor pH foi 4, com eficiência de remoção de cor ADMI de mais de 80% em 180 min. Com 0,1 g/L do compósito a remoção alcançou menos de 20% em 180 min, muito abaixo da eficiência de remoção obtida com 0,1 g/L de TiO2. Com o aumento da concentração para 1 g/L, a eficiência passou a 60% e com a mudança para o pH 10, chegou a quase 80%. Diferentemente do que se esperava, o pH mais alto, com o compósito, favoreceu a remoção do corante, pois há maior concentração de OH-, o que aumenta a geração de OH. Em pH ácido, a elevada adsorção do corante, pela hidrotalcita, envenena o catalisador e reduz a eficiência de geração de OH. Foi necessária maior massa de HT/Fe/TiO2 que de TiO2 para alcançar as mesmas eficiências, porém HT/Fe/TiO2 é um compósito magnético, portanto sua remoção é mais fácil e o reúso se torna viável, diminuindo a geração de resíduos. A remoção de DQO após a fotocatálise com os dois catalisadores foi de cerca de 20%, o que mostra a baixa mineralização do corante. Além disso, a fotocatálise com HT/Fe/TiO2 tornou a solução mais tóxica, pois sua CE50 passou de 60 mg/L para 30 mg/L. Portanto, mesmo com a elevada remoção do corante com 180 min, é necessário maior tempo para remover toda a toxicidade.
Palavras-chave Daphnia similis, processos oxidativos avançados, corantes têxteis
Forma de apresentação..... Painel
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