Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8869

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Entomologia Agrícola
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Pauliana Aparecida da Silva
Orientador ANGELO PALLINI FILHO
Outros membros Cleide Rosa Dias, Felipe de Lemos, Tomaz Andrade Barbosa
Título Preferência de ácaros predadores mediante odores de tomateiro infestado por ácaros fitófagos
Resumo Plantas expressam mecanismos de defesa diretos e indiretos que reduzem os danos resultantes do ataque de herbívoros. A defesa indireta consiste, por exemplo, na produção de compostos voláteis. Tais compostos atraem os inimigos naturais dos herbívoros, o que resulta na diminuição da densidade do herbívoro e consequentemente dos danos à planta. Entretanto, alguns herbívoros se adaptaram de modo a manipularem as defesas das plantas, como é o caso do ácaro Tetranychus evansi, conhecido por suprimir as rotas de síntese dos ácidos jasmônico e salicílico, que são importantes para a ativação das defesas diretas e indiretas das plantas. O presente trabalho teve como objetivo investigar se T. evansi suprime as defesas indiretas do tomateiro. Para tal fim, testou-se a resposta olfativa dos ácaros predadores Phytoseiulus macropilis e Phytoseiulus longipes a odores de plantas de tomate atacadas pelo ácaro vermelho T. evansi. Foi investigado se a densidade de infestação das plantas com ácaros fitófagos (300 ou 1200 ácaros/planta) pode influenciar a supressão da defesa indireta. Em um olfatômetro de tubo em Y, testou-se a escolha entre: odores de plantas infestadas com T. evansi versus odores de plantas limpas; e odores de plantas infestadas com T. evansi versus odores de plantas infestadas com Tetranychus urticae, ácaro conhecido por induzir as defesas das plantas. Voláteis de plantas infestadas com T. evansi foram atrativos para o ácaro predador P. macropilis nas duas densidades de infestação (Dev=18.093, P<0.001 e Dev=19.748 e P<0.001 para 300 e 1200 ácaros por planta, respectivamente). Quando testou-se a resposta de P. macropilis entre odores de plantas atacadas por T. evansi versus T. urticae, o mesmo mostrou uma preferência por odores oriundos das plantas infestadas com T. urticae (Dev=7.9458, P=0.00482) na densidade de infestação com 300 ácaros/ planta. Já quando foram testadas as duas espécies de ácaros fitófagos na densidade de 1200 ácaros/ planta, P. macropilis não apresentou uma preferência significativa (Dev=0.04, P=0.8415). O predador P. longipes não mostrou uma preferência significativa entre odores de plantas limpas e plantas com T. evansi em nenhuma das duas densidades de infestação, ou entre odores de plantas infestadas com as duas espécies de ácaros fitófagos na densidade de 300 ácaros/ planta. Entretanto, nos experimentos realizados com 1200 ácaros/ planta, o predador P. longipes apresentou uma preferência significativa por odores de plantas com T. urticae em relação a odores de plantas com T. evansi (Dev=4.0562, P=0.04401). Os resultados variados encontrados indicam que a diferença na população de herbívoros e a supressão de defesa de T. evansi possivelmente afetam a produção de volatéis das plantas alterando a resposta dos predadores.
Palavras-chave olfatometria, defesa indireta, compostos voláteis.
Forma de apresentação..... Oral
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