Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8866

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Direito
Setor Departamento de Economia Doméstica
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Caroline Hoth Trindade
Orientador CRISTIANE MAGALHAES DE MELO
Outros membros Bárbara de Paula Rocha, Gabriela de Moura Pereira Câmara, Josiane Kellen Guimarães Fernandes Chaves, Maysa de Lima e Santos Rodrigues, Rita Maria de Souza
Título Programa Casa das Mulheres: a importância da extensão universitária na formação de estudantes de Direito
Resumo A extensão universitária articula atividades de ensino e pesquisa viabilizando a interação entre Universidade e sociedade. As atividades de extensão ultrapassam o âmbito acadêmico, sendo abertas ao público não universitário tendo como objetivo principal, a troca de saberes, A reelaboração das práticas acadêmicas e a democratização do conhecimento. O presente trabalho objetivou refletir sobre a importância da extensão na formação de estudantes de direito a partir da experiência como estagiárias no Programa de extensão Casa das Mulheres. Esse relato reflete a experiência vivenciada, atualmente, por cinco estudantes de direito da Universidade Federal de Viçosa e da ESUV/UNIVIÇOSA. O Programa Casa das Mulheres, coordenado pelo Núcleo Interdisciplinar de Estudos de Gênero-UFV, foi criado em 2009 a partir do trabalho conjunto com a Defensoria Pública e o Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres. Financiado pelo PROEXT/MEC entre 2009-2016, atualmente é apoiado pela Prefeitura de Viçosa que concede bolsas de estágio para estudantes. Considerado exemplo de atividade de extensão e conexão entre sociedade e universidade, proporciona às estudantes experiências diversas sendo uma grande oportunidade para crescimento pessoal e profissional. O trabalho se inicia no acolhimento às usuárias, momento em que se desenvolve empatia e habilidade de escuta. Dependendo da demanda, podem ser produzidas peças processuais, sob orientação jurídica da Defensoria Pública ou podem ser feitos encaminhamentos aos equipamentos de saúde e assistência social existentes no município. O programa conta com uma sala exclusiva na Delegacia de Polícia Civil de Viçosa, que garante atendimento especializado e cuidadoso às usuárias e uma experiência impar às estudantes do Programa. É constante o contato com ambiente forense e delegacia, que passa pelo acompanhamento dos procedimentos policiais, dos processos jurídicos e audiências, momentos em que a estagiária vivencia a prática do direito. Além do conhecimento empírico e do contato com a comunidade (mulheres em situação de violência; trabalhadores/as dos diferentes equipamentos públicos da Rede Protetiva), o Programa visa desenvolver no estudante raciocínio crítico e questionador bem como criar uma postura de enfrentamento às violências gênero.Com esse intuito, semanalmente são discutidos casos atendidos/acompanhados, aplicações e desdobramentos da Lei Maria da Penha (Lei 11340/06), temas do direito e sobre questões de gênero e lutas feministas. Assim, aprende-se que vivenciar a violência nunca é fácil, menos ainda quando ela manifesta na figura de pessoas próximas e queridas. Conviver com a violência de gênero, mesmo que indiretamente, através de relatos diários de abusos físicos e psicológicos, faz com que a ouvinte se coloque no lugar das mulheres acolhidas na Casa, e com isso repense e questione seu próprio meio e suas atitudes, por fim, que não se cale diante das injustiças e violências diariamente praticadas contra as mulheres.
Palavras-chave Rede de proteção, Violência de Gênero, relato de experiência
Forma de apresentação..... Oral
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