Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8837

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Microbiologia
Setor Departamento de Microbiologia
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Raíssa Ferreira Magalhães
Orientador MARISA VIEIRA DE QUEIROZ
Outros membros Kaliane Sirio Araujo, Mísia Souza Vieira
Título Inibição in vitro de fungos fitopatogênicos pela bactéria Bacillus subtilis
Resumo O controle biológico é uma alternativa promissora para combater o crescimento de micro-organismos causadores de doenças em culturas de grande interesse econômico. Uma importante ferramenta para isso é a relação de antagonismo entre os micro-organismos. Neste contexto, a espécie bacteriana Bacillus subtilis é conhecida pela produção de antimicrobianos capazes de controlar diferentes fitopatógenos. Assim, este trabalho teve como objetivo verificar o antagonismo in vitro da bactéria endofítica B. subtilis, isolada de seringueira da floresta amazônica brasileira, aos fitopatógenos Sclerotinia sclerotiorum, Colletotrichum lindemuthianum, Colletotrichum karstii e Colletotrichum laticiphilium e detectar genes que codificam lipopeptídeos. Para isso, foi feito teste de antagonismo da B. subtilis contra os fitopatógenos selecionados, por meio de ensaios de cultura pareada. Nestes ensaios, a bactéria foi inoculada em um lado da placa de Petri, contendo 25 mL de meio de cultura Batata Dextrose Ágar (BDA), e após 48 h, o fitopatógeno foi inoculado do lado oposto desta placa. As placas foram incubadas em BOD a 25°C e fotoperíodo de 12 h. Cada ensaio conteve três repetições, distribuídas ao acaso. Para o controle negativo foi analisado o desenvolvimento das colônias em placas contendo apenas o fitopatógeno de interesse. Os tratamentos foram observados diariamente e o crescimento micelial do fitopatógeno foi medido quando as colônias das placas do controle assumiram tamanho superior a 3 cm. O percentual de inibição do crescimento micelial dos fungos na presença da B. subtilis foi calculado conforme a fórmula: IC=[(C-T)]/Cx100, onde IC é a inibição do crescimento, C é o diâmetro do controle e T o crescimento médio micelial dos tratamentos. Em seguida, os valores foram submetidos à análise ANOVA e as medidas foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de significância. Para identificação dos lipopeptídeos produzidos pela bactéria, realizaram-se reações de amplificação de DNA com primers específicos para os genes que codificam surfactina, iturina A, fengicina e bacilomicina A. Em todos os fungos testados, notou-se uma taxa de inibição significativa do crescimento micelial. Nos tratamentos de S. sclerotiorum, C. karstii, C. laticiphilium e C. lindemuthianum as porcentagens de inibição foram de 46,17 %, 39,78 %, 32,82 %, 42,23 %, respectivamente. Além disso, foi detectada a presença dos genes que codificam surfactina, iturina A e bacilomicina A, o que sugere que esses lipopeptídeos podem ser os responsáveis pelo antagonismo observado. Experimentos posteriores serão realizados visando à identificação das moléculas envolvidas na inibição, extração dos lipopeptídeos e a verificação da eficiência da bactéria no controle dos fitopatógenos em condições in vivo.
Palavras-chave Antimicrobianos, lipopeptídeos, bactéria endofítica.
Forma de apresentação..... Painel
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