Resumo |
INTRODUÇÃO: A adolescência é um período de transição entre a infância e a vida adulta, caracterizada pelo desenvolvimento físico, mental, emocional, sexual, dentre outros. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os limites cronológicos da adolescência são definidos entre 10 e 19 anos. A vivência da sexualidade é uma das experiências de maior repercussão na vida do adolescente, considera-se um processo de experiências pessoais, fortemente influenciado por valores sociais e culturais, ocasionando o surgimento de dúvidas, as quais, muitas vezes, a escola e a família não dialogam, conduzindo os adolescentes a conversarem sobre sexualidade com os amigos e/ou buscar informações na mídia, por vezes, errôneas. Diante disso, o ambiente escolar surge como um espaço para a promoção da saúde do adolescente, com realizações de atividades educativas críticas e reflexivas com temas voltados para a sexualidade e prevenção do Vírus da Imunodeficiência Adquirida (HIV) e a busca pela literatura é parte da construção das atividades de educação em saúde realizadas pelo projeto de extensão Ações de Prevenção e Promoção a Saúde (APPAS), vinculado ao PROEXT. OBJETIVO: Evidenciar a importância das atividades educativas nas escolas como meio de instruir os adolescentes sobre o HIV. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura em que foram utilizados dados do DATASUS e artigos científicos da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) publicados no período de 2011-2017, selecionados pelos descritores saúde do adolescente, educação em saúde e HIV. Foram selecionados três artigos para a confecção deste trabalho por meio da leitura dos títulos, resumos e trabalhos na íntegra. RESULTADO: Segundo o DATASUS, foram registrados em 2015 em Minas Gerais, 5 casos de infecção por HIV na faixa etária de 10-15 anos, e cerca de 100 casos entre 15-19 anos de idade. Nota-se que os adolescentes compõem um grupo vulnerável a infecção por HIV, devido aos sentimentos de invulnerabilidade, a atividade sexual associada a parceiros múltiplos, a vergonha de usar preservativo, o não entendimento das informações de prevenção recebidas e a ignorância de que o HIV pode representar em suas vidas. Também está atrelado a este fato, questões socioeconômicas, tais como baixa escolaridade e baixo poder aquisitivo. Nota-se a necessidade de maiores investimentos públicos na prevenção das doenças sexualmente transmissíveis na população de adolescentes, sendo a escola um local de atuação importante para este diálogo de prevenção. CONCLUSÃO: O uso da metodologia participativa durante as atividades educativas para incentivar a atuação de todos os adolescentes, permitem a conscientização desses jovens para a prevenção do HIV, pois possibilitam a realização da autorreflexão sobre temas de interesse dos adolescentes e esclarecimento das dúvidas sobre como exercer a sexualidade de maneira natural e livre de comportamentos de risco, afim de empoderá-los do cuidado de sua saúde sexual. |