Resumo |
Introdução:O envelhecimento é um processo de alterações biológicas, fisiológicas, funcionais, cognitivas, sociais e emocionais, comum a todo ser humano. Todas as alterações geradas pelo envelhecimento são individuais, podendo ser severas em alguns e amenas em outros. Tais alterações podem ser amenizadas ou retardadas com a prática regular de exercícios físicos e cuidados com a saúde, auxiliando nas atividades básicas diárias e evitando que o idoso sofra consequências geradas por essas alterações. Da mesma maneira, essas alterações podem ser agravadas pelo sedentarismo que é uma realidade para idosos institucionalizados, uma vez que eles não têm o habito de realizar as tarefas domesticas básicas dentro da instituição. Objetivo: Mensurar o nível funcional e o risco de quedas que os idosos institucionalizados apresentam. Metodologia: Os testes utilizados para mensurar a probabilidade de queda foram aplicados nos idosos do Lar dos Velhinhos de Viçosa-MG em fevereiro de 2017, que iniciariam em um programa de exercício físico. Os testes foram a Escala de Equilíbrio de Berg, aplicada em 13 idosos (37,14% do total de idosos residentes), composta de 14 tarefas relacionadas ao nível funcional nas atividades diárias, que envolvem o equilíbrio estático e dinâmico, tais como alcançar, girar, transferir-se, permanecer em pé e levantar-se, e essa escala também mensura a probabilidade de queda de acordo com o desempenho do idoso nas tarefas. Cada tarefa pode ser pontuada de 0 a 4, sendo 0 o pior desempenho e 4 o melhor, tendo a escala a pontuação máxima de 56 pontos. O segundo teste foi o Timed Up & Go (TUG), aplicado em 20 idosos (57,14% do total de idosos residentes), para avaliar o tempo de marcha que consiste em levantar de uma cadeira, sem auxilio dos braços, andar uma distancia de três metros, dar a volta e retornar para a cadeira, avaliando ao final o risco de quedas. A avaliação do teste consiste no tempo que o idoso levou para realizar a marcha, sendo esse tempo inferior a 20 segundos classificado em baixo risco para quedas, entre 20 a 29 segundos um médio risco para quedas e superior a 30 segundos alto risco para quedas. Resultados: na Escala de Equilíbrio de Berg foi verificado que 23,07% dos idosos têm locomoção segura sem o risco de quedas, 84% têm a locomoção segura, mas é recomendável auxílio para a marcha e 23,07% apresentaram um risco de quedas próximo de 100%. Já os resultados do TUG mostraram que 30% dos idosos apresentaram baixo risco de queda, 40% apresentaram risco médio para queda e os outros 30% apresentaram alto risco para quedas. Conclusão: A maior parte dos idosos necessita de auxilio profissional para melhorar a qualidade da marcha e diminuir o risco de quedas, uma vez que esses apresentaram resultados abaixo do recomendado estando sujeitos a um risco maior de sofrer quedas e consequentemente possíveis complicações de saúde afetando diretamente a qualidade de vida. |