Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8790

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Dança
Setor Departamento de Artes e Humanidades
Bolsa PROEXT
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Rebeca Lima Soares
Orientador Christina Gontijo Fornaciari
Título A poética do corpo detento e a invisibilidade social
Resumo A poética e a história do corpo tem sido pensadas também nas situações de detenção e veio recentemente neste projeto de educação na prisão agregar ao estudo da corporeidade prisional, entendendo a importância do indivíduo detentento perceber o seu corpo como existência e existência de sua história. As propostas artísticas-corporais realizadas na APAC (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado) no primeiro semestre de 2017 tiveram como principais objetivos a reflexão-poética e crítica da invisibilidade social nestes espaços de cárcere através do corpo, bem como a possibilidade dos recuperandos residentes da APAC em fazer arte neste ambiente com poucos recursos e grandes ganhos pessoais. Após algumas visitas ao local de trabalho (APAC), foi realizada a primeira oficina com os recuperandos que consistia em, cobrir os rostos dos detentos com os materias disponíveis neste lugar, esta atividade foi fotografada e realizada pelos próprios que tiveram desta forma um contato direto com o a arte contemporânea. Foi através da arte-visual que foi abordada a discussão a respeito de invisibilidade social de forma material e concreta baseada na obra do artista plástico Paulo Nazareth. A segunda oficina relatada aqui é baseada na obra do artista visual João Castilho que propõem diferentes intervenções na natureza que, apesar de viva, necessita de algum reparo, como por exemplo uma folha de árvore rasgada que é delicadamente costurada com linha e agulha. Nessa ação, prevalece a poética do reparo, que vem a ser conveniente nestes espaços de recuperação. Depois de diversos reparos realizados com diferentes materiais (linha, agulha, alfinete, preendedor e etc). Os condenados fotografaram novamente os seu próprios trabalhos onde foi percebido que esses reparos deixavam marcas e foram essas marcas fotografadas que provocaram a discussão da possibilidade e da cicatriz do reparo. De forma específica, essas propostas possibilitaram aos recuperandos um estudo básico sobre fotografia e arte-visual como também os levou ao cerne da arte contemporânea: o conceito. Entende-se que a arte contemporânea pode propiciar um grande espaço de reflexão e auto-exame e é de extrema importância que estes dois aconteçam em ambientes como a APAC que prioriza a reparação destes condenados. Portanto, este trabalho artístico vem como novidade e perspectiva a essa realidade prisional onde a viabilidade de novas experiências são tão escassas. Entender o próprio corpo e a poética desse, também é reabilitar-se.
Palavras-chave corpo, apac, educação
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,67 segundos.