Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8788

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Biologia Geral
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Geórgia Carvalho de Sena
Orientador MARIANA MACHADO NEVES
Outros membros Gabriela Cabral de Miranda, Graziela Domingues de Almeida Lima
Título Exposição ao arsênio reduz a qualidade espermática e fertilidade em ratos Wistar
Resumo Estudos mostram que a exposição ao arsênio (As) causa infertilidade feminina e falhas no desenvolvimento embrionário. Pouco se sabe, porém, o real impacto desse metal pesado sobre a fertilidade masculina. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da exposição ao As sobre a qualidade espermática e fertilidade em ratos Wistar machos. Animais controle (n = 5) receberam salina por via oral, enquanto que os demais foram distribuídos em quatro grupos de exposição ao As por via oral durante 56 dias (n = 5/grupo) utilizando dois compostos arsênicos inorgânicos, arsenato e arsenito de sódio, nas concentrações de 0,01 e 10 mg/L (CEUA, 19/2011). Posteriormente, os machos foram acasalados com fêmeas hígidas, na proporção 1♂:2♀, por 3 dias. As fêmeas foram eutanasiadas para obtenção de dados de fertilidade, enquanto que os machos foram eutanasiados e avaliados quanto a parâmetros espermáticos. Amostras de espermatozoides da cauda do epidídimo foram analisadas quanto motilidade e cinética espermática utilizando o sistema computadorizado CASA, morfologia espermática usando microscópio de contraste de fase, integridade estrutural das membranas por epifluorescência (DACF/IP). Para avaliação de danos do DNA espermático, secções histológicas de testículo foram coradas com laranja de acridina e IP. Núcleo de espermatozoides viáveis se apresentaram corados em verde, enquanto que os não viáveis se apresentaram com núcleo vermelho-laranja. Com relação as fêmeas, índices de fertilidade foram obtidos a partir da análise do sistema reprodutor: taxa de acasalamento, taxa de prenhez, potencial de fertilidade, nº de fetos, taxa de perda pré-implantação e taxa de perda pós-implantação. Os resultados mostraram que a motilidade e cinética espermática, bem como a morfologia não foram afetados pela exposição ao arsênio (P > 0,05). No entanto, animais expostos ao arsenato a 10 mg/L e arsenito nas duas concentrações apresentaram danos de DNA espermático e alto percentual de espermatozoides com danos estruturais de membrana (P <0,05). Quanto a fertilidade, observou-se uma redução de 66,67% das ♀ prenhes de ♂ expostos ao arsenito 10 mg/L e redução de 55,56% e 44,44% de ♀ prenhes de ♂ expostos a arsenato 0,01 mg/L e arsenito 10 mg/L, respectivamente. O potencial de fertilidade de ♂ tratados com arsenito 0,01mg/L (mediana=0,0) foi menor que o dos ♂ controle (mediana= 86,67). Além disso, a perda pré-implantação foi maior para os ♂ tratados com arsenito 0,01mg/L comparado com controle. Não foram observadas diferenças entre os grupos para taxa de acasalamento, nº de fetos e taxa de perda pós-implantação. Pode-se concluir que a exposição por 56 dias ao arsenito de sódio resultou em danos significativos à viabilidade espermática e à fertilidade masculina. O arsenato de sódio na concentração de 10mg/L alterou parâmetros espermáticos, porém sem impactos para a fertilidade.
Palavras-chave Infertilidade, arsenito, DNA espermático
Forma de apresentação..... Painel
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