Resumo |
A deposição de proteína e consequentemente o crescimento do animal requer o suprimento por meio da dieta de aminoácidos, sendo que a lisina é o principal aminoácido limitante em dietas de suínos baseada em grãos. O objetivo deste experimento realizado na Unidade de Ensino, Pesquisa e Extensão em Melhoramento de Suínos DZO/UFV foi avaliar os efeitos do nível de lisina digestível, sexo e grupo genético em características de carcaça de suínos. Foram utilizados 70 animais, dentre esses 34 fêmeas e 36 machos castrados que pertenciam a dois grupos genéticos formados pelas progênies do cruzamento de varrões cruzados Duroc (G1) e Pietrain (G2) com fêmeas comerciais. Os animais foram submetidos a dietas com três níveis de lisina digestível (Ld) (baixo, médio e alto), tratando-se portanto de experimento em delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 2x3x2 (grupo genético x nível de lisina x sexo). Os animais foram abatidos aos 156 dias de idade após um período de 16 horas em jejum. Após o abate, cada carcaça foi dividida em duas metades longitudinais idênticas que foram refrigeradas durante 24 horas a uma temperatura de 4ºC. As carcaças foram pesadas para obtenção dos valores de rendimento da carcaça quente e fria e a metade esquerda da carcaça foi utilizada para obter medidas de espessura de toucinho, área do olho de lombo (AOL), peso e rendimento de cortes. As análises estatísticas foram realizadas utilizando o pacote estatístico SAS. Foi observada interação significativa entre nível de lisina e grupo genético para peso e rendimento da copa, sendo que no nível alto de lisina os animais do G2 apresentaram maior peso e rendimento de copa. Para AOL foi observada interação significativa entre sexo e nível de lisina, sendo que os machos castrados apresentaram maior AOL quando submetidos aos níveis alto e médio de lisina. A interação entre grupo genético e sexo foi significativa somente para peso da paleta, em que dentro do G2 animais castrados apresentaram maior peso da paleta do que as fêmeas, além disso machos castrados de G2 apresentaram maior peso de paleta em comparação a G1. Para as demais características avaliadas não houve interação entre os fatores estudados. Animais do G2 apresentaram maior peso e rendimento de carcaça quente e rendimento de paleta e menor espessura de toucinho, peso e rendimento de barriga em comparação ao G1 (p-valor<0,05). O Nível médio de lisina resultou em maior peso da carcaça quente e do pernil, rendimento da carcaça quente, fria, de pernil e de lombo. As fêmeas apresentaram maior peso e rendimento da barriga e do lombo, enquanto os machos castrados apresentaram maior rendimento de paleta. Conclui-se que os animais cruzados Pietrain (G2) possuem maior teor de carne magra na carcaça. |