Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8780

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina Veterinária
Setor Departamento de Zootecnia
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Thiago Vieira e Silva
Orientador CRISTINA MATTOS VELOSO
Outros membros Carlos Mattos Teixeira Soares, Cristian Silva Teixeira, Kamilla Dias Paes Silva, Maria Gazzinelli Neves
Título Bactérias comumente isoladas de éguas receptoras de embrião com endometrite infecciosa
Resumo A endometrite caracteriza-se pela inflamação persistente do endométrio. Apesar da simplicidade de sua definição, esta afecção pode englobar diferentes condições, com etiologias variadas, sendo a principal delas a infecção ascendente do útero por microrganismos, denominada de endometrite infecciosa. A endometrite infecciosa é considerada a principal afecção reprodutiva da fêmea equina, causando prejuízos decorrentes da queda da fertilidade, morte embrionária, abortamentos e o descarte de animais. O principal agente etiológico são as bactérias Streptococcus ssp. e Escherichia coli, sendo estas as mais frequentemente isoladas durante o exame de cultura uterina. O objetivo do presente estudo foi verificar quais as principais bactérias isoladas do útero de éguas receptoras com endometrite infecciosa. Durante a estação reprodutiva 2015/16, quarenta éguas receptoras de embrião, mestiças, de cinco a vinte anos de idade e com suspeita de endometrite foram selecionadas de sete diferentes propriedades de criação de equinos da região da Zona da Mata de Minas Gerais. Estes animais foram submetidos ao exame de cultura uterina, que consistiu em: (1) preparação do animal, com contenção em tronco individual e higienização do períneo com água e sabão neutro; (2) coleta de amostra intrauterina a partir de um coletor comercial duplamente protegido do tipo swab (PROVAR® - São Paulo, Brasil); (3) transporte da amostra em tubo estéril contendo meio BHI (Brain Heart Infusion - Becton Dickinson - BD, Heidelberg, Alemanha) até o laboratório; (4) aplicação da amostra em placa contendo ágar sangue de carneiro; (5) incubação da placa em estufa a 37 °C, por 48 horas; (6) envio das placas para laboratório comercial de identificação de microrganismos (Microvet - Microbiologia Veterinária Especial - Viçosa - MG, Brasil). Dos 40 animais examinados, 25 (62,5%) possuíram crescimento bacteriano positivo, sendo a maior frequência de isolamento de Staphylococcus spp. (60%), seguida de Escherichia coli (40%), Enterobacter spp. (28%) e Citrobacter spp. (20%). A variabilidade de bactérias encontradas no presente estudo pode ser atribuída às amostras das populações de éguas, como também à localização geográfica e exposição desses animais a diferentes antimicrobianos. Desta forma, torna-se imprescindível o exame ginecológico, com a inclusão do exame de cultura uterina, a fim de identificar o(s) microrganismo(s) causador(es) da endometrite, e implementar tratamento adequado para esta afecção, que causa alto índice de infertilidade em éguas.
Palavras-chave Transferência de Embriões, Reprodução Equina, Cultura Uterina
Forma de apresentação..... Painel
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