Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8767

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Fisiologia Vegetal
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Mayara Goncalves Pereira
Orientador JURACI ALVES DE OLIVEIRA
Outros membros Fernanda Vidal de Campos, Letícia Paiva de Matos, Renan Paulo Rocha, Victória Silva Soares
Título Papel do óxido nítrico na mitigação dos danos oxidativos desencadeados pela salinidade em Lactuca sativa L.
Resumo A salinidade ocasiona distúrbios metabólicos nas plantas que culminam no desequilíbrio entre a produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) e a capacidade do sistema antioxidante de eliminá-las, desencadeando o estresse oxidativo. Entretanto, existem agentes sinalizadores, como o óxido nítrico (NO), que operam para reduzir os danos gerados pelo estresse e, consequentemente, aumentam a tolerância da planta à condição ambiental imposta. Neste sentido, o objetivo desse trabalho foi avaliar o papel do NO na atenuação dos danos oxidativos desencadeados pelo estresse salino de curta duração em plantas de Lactuca sativa. As plantas foram aclimatadas por 5 dias em solução nutritiva de Clarck ½ força iônica, pH 6,5, à temperatura de 25 ± 2 °C, sob irradiância de 230 µmol m-2 s-1 e fotoperíodo luminoso de 16 horas, sendo mantidas sob aeração constante. Decorrido esse período foram submetidas aos tratamentos: controle (apenas solução nutritiva); nitroprussiato de sódio (SNP-doador de NO) (70 μM); cloreto de sódio (NaCl) (80 mM) e NaCl + SNP (80 mM e 70 μM, respectivamente). As plantas permaneceram nos tratamentos por um período de 6 e 24 horas para as análises do conteúdo de peróxido de hidrogênio (H2O2), atividade enzimática e danos de membrana. A presença do sal promoveu aumentou no conteúdo de H2O2, que resultou em maiores danos de membrana, detectados pelo incremento no extravasamento de eletrólitos em folhas e raízes. De forma geral, observou-se incremento na atividade enzimática quando as plantas eram expostas ao tratamento com apenas NaCl, entretanto, o aumento na atividade das enzimas não resultou em melhorias frente ao estresse. Em raízes expostas ao sal, as enzimas CAT, POX e APX apresentaram redução na sua atividade em determinados períodos de tempo analisados, o que sugere que o estresse possa ter resultado em efeitos tóxicos na atividade enzimática ou que esse seja um mecanismo para manter os níveis de H2O2 em valores adequados para a sinalização. No entanto, plantas expostas ao agente estressor juntamente com o SNP apresentaram menor conteúdo de H2O2 e os danos oxidativos promovidos pelo sal foram revertidos. Tais resultados se correlacionam com o incremento na atividade das enzimas antioxidantes observados nesse tratamento e ao fato do NO poder atuar eliminando diretamente as EROs da célula. A atuação do NO como agente tóxico ou de promoção à tolerância irá depender, dentre outros fatores, da sua concentração na planta. Diante disso, a dose aplicada de SNP no presente trabalho pareceu conduzir o NO para a via que promove tolerância ao estresse salino, indicado pela mitigação dos danos oxidativos observados em L. sativa. Entretanto, pelo fato do NO apresentar um padrão de atuação temporal, seria de grande relevância verificar o papel desse agente sinalizador, também, a longo prazo.
Palavras-chave antioxidantes, estresse, tolerância
Forma de apresentação..... Oral
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