Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8734

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Bioquímica
Setor Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG, Outros
Primeiro autor Jefferson Viktor de Paula Barros Baêta
Orientador MARISA ALVES NOGUEIRA DIAZ
Outros membros ANESIA APARECIDA DOS SANTOS, Fernanda Rodrigues Nascimento, Juliana Severo Miranda, Kamylla Rafaella Sena
Título EFEITO DO EXTRATO ETANÓLICO DE Morus nigra EM CÉLULAS DE CÂNCER DE PELE DO TIPO MELANOMA
Resumo O câncer de pele é o mais comum entre todos os tipos de câncer que incidem a população. Apesar de os índices da doença poderem ser reduzidos com medidas comportamentais simples, a maior parte da população é negligente com relação às medidas preventivas e se expõe ao sol sem qualquer tipo de proteção. O melanoma é um tipo de câncer de pele que se origina nos melanócitos e, ainda que possua baixa incidência, é de alta letalidade devido à sua grande possibilidade de metástase. Muitas propriedades medicinais existentes em plantas são utilizadas no tratamento de doenças, principalmente no que se refere ao conhecimento popular, porém, estas propriedades são pouco documentadas cientificamente. O extrato de Morus nigra constitui uma fonte rica de compostos fenólicos, incluindo flavonoides, antocianinas e carotenoides, exibindo uma alta atividade antioxidante. Além disso, outras propriedades para este extrato também já foram relatadas, como ação antimicrobiana, efeito citotóxico e antiproliferativo contra alguns tipos de câncer (como o de próstata e de pulmão). Contudo, seu efeito em relação ao câncer de pele é pouco documentado. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito in vitro do extrato etanólico de Morus nigra contra células de melanoma. O extrato de M. nigra foi obtido por maceração exaustiva e células B16F10 de melanoma foram cultivadas em DMEM (Dulbecco's Modified Eagle's Medium). Para avaliação do efeito citotóxico utilizando o ensaio por MTT (3-{4,5-dimetiltiazol-2-il}-2,5-difeniltetrazólio bromido), uma concentração de 5 x 10³ e 104 células foram plaqueadas por poço, em placa de 96 poços, e incubadas a 37 °C e 5% de CO2. Após 24 h, o meio de cultura foi substituído por meio contendo o extrato etanólico de M. nigra em diferentes concentrações (0, 0,015625, 0,03125, 0,0625, 0,125, 0,25, 0,5 e 1 mg/mL), e em quintuplicata. Após 48 h de exposição das células ao extrato, o meio foi retirado e as células foram incubadas com MTT por 4 h, com posterior adição de DMSO e leitura a 570 nm para determinação da porcentagem de morte celular. Os resultados obtidos demonstraram que quanto maior a concentração do extrato, maior a porcentagem de morte das células, obtendo-se um máximo de 80% de morte com a maior concentração utilizada. Além disso, os valores de IC10, IC50 e IC90 foram determinados, sendo de 0,13 mg/mL, 0,45 mg/mL e 1,61 mg/mL, respectivamente. Os resultados indicam que o extrato etanólico de M. nigra possui atividade anticancerígena contra células B16F10 de melanoma e pode ser um novo candidato para o desenvolvimento de novos agentes terapêuticos baseados em produtos naturais, sendo necessária a realização de mais estudos. Tal possibilidade é importante, tendo em vista que a cirurgia ainda é a melhor chance de remoção para prevenção de metástases, pois as opções terapêuticas para o tratamento da doença são limitadas e com muitos efeitos colaterais aos pacientes.
Palavras-chave Citotoxicidade, melanoma, Morus nigra.
Forma de apresentação..... Painel
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