Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8724

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina Veterinária
Setor Departamento de Zootecnia
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Julia Loureiro dos Santos
Orientador CRISTINA MATTOS VELOSO
Outros membros Carlos Mattos Teixeira Soares, Cristian Silva Teixeira, Iara Magalhães Ribeiro, Maria Gazzinelli Neves
Título Tratamentos realizados em éguas receptoras nos programas de transferência de embriões comerciais
Resumo A cada ano, a indústria de cavalos cresce exponencialmente, no Brasil. Neste contexto, a transferência de embriões (TE) é a principal biotécnica reprodutiva aplicada à fêmea equina, possuindo como principal vantagem a obtenção de mais de um potro/égua/ano, contribuindo, assim, para o melhoramento genético da espécie. Entretanto, o sucesso desta técnica está relacionado com a utilização de éguas receptoras sadias e aptas para reconhecerem o embrião e manterem a gestação. A endometrite infecciosa é considerada a principal causa de subfertilidade e infertilidade em éguas, sendo caracterizada por uma inflamação persistente do endométrio, associada a um processo infeccioso. Esta patologia leva a um ambiente uterino hostil para sobrevivência e implantação do embrião, o que faz com que muitas éguas receptoras sejam retiradas do programa de TE por não se tornarem gestantes. Os tratamentos considerados tradicionais para a endometrite são a lavagem uterina e a terapia com antibióticos sistêmicos ou intrauterinos. Porém, em alguns casos, esses tratamentos não são eficientes, podendo ser utilizadas terapias não tradicionais ou alternativas, tais como agentes químicos e terapias biológicas. Os principais tratamentos alternativos são constituídos por produtos químicos, que atuam como antissépticos e mucolíticos, removendo e destruindo os microrganismos. O objetivo do presente estudo foi verificar se as éguas receptoras, retirada de programas de TE comerciais, teriam sido submetidas a algum tratamento e, se sim, qual foi ele. No final da estação reprodutiva 2015/2016, foram coletados dados referentes ao histórico reprodutivo de 27 éguas receptoras, mestiças, pertencentes a seis diferentes propriedades de criação de cavalos da Zona da Mata de Minas Gerais. Todos os animais foram considerados com problemas reprodutivos por apresentarem sinais clínicos de endometrite e não se tornarem gestantes. Os dados foram coletados de fichas reprodutivas dos animais e em entrevistas aos médicos veterinários responsáveis. Das 27 éguas avaliadas, 23 (85,18%) já haviam sido submetidas a algum tipo de tratamento durante a estação reprodutiva, sendo a terapia com antibióticos associada ou não a outra forma de tratamento a mais realizada, em 19 dos 23 animais (82,6%). O lavado intrauterino e agentes químicos (tratamento alternativo) também foram utilizados em seis (26,08%) e 10 (43,47%) animais, respectivamente. A maioria das éguas receptoras havia sido submetida a algum tratamento durante a estação reprodutiva, principalmente a tratamentos tradicionais. Entretanto, a utilização de agentes terapêuticos alternativos também vem sendo empregada, de forma associada ou não, no tratamento da endometrite em éguas receptoras submetidas a programas de TE comerciais. A possível falha nos tratamentos pode ser atribuída a animais susceptíveis à infecção ou a erros durante o diagnóstico, fazendo com que as éguas, mesmo após o tratamento, fossem consideradas inférteis.
Palavras-chave endometrite, equino, terapia
Forma de apresentação..... Painel
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