Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8700

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Microbiologia
Setor Departamento de Microbiologia
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Giarlã Cunha da Silva
Orientador DENISE MARA SOARES BAZZOLLI
Outros membros Ana Carolina Nery Teixeira, Janine Therese Bossé , Newton Moreno Sanches, SUKARNO OLAVO FERREIRA
Título PRODUÇÃO DE VESÍCULAS DE MEMBRANA EXTERNA POR Actinobacillus pleuropneumoniae SOROTIPO 8
Resumo Actinobacillus pleuropneumoniae é uma bactéria Gram-negativa pertencente à família Pasteurellaceae e agente causadora da pleuropneumonia suína. Essa doença apresenta caráter contagioso que acomete suínos de várias idades e causa grandes prejuízos à suinocultura por todo o mundo. A virulência desta bactéria esta associada a alguns fatores como presença de cápsula, camada de lipopolissacarídeos (LPS), sideróforos e principalmente toxinas RTX. Estudos relacionados aos fatores de virulência, desenvolvidos em diversas espécies, vêm mostrando a importância de vesículas produzidas pelas bactérias com capacidade de transportar diversas moléculas e atuar como um fator de virulência. Essas vesículas são conhecidas como vesículas de membrana externa (OMVs) e são produzidas pela maioria das bactérias Gram-negativas e também algumas Gram-positivas. As OMVs são partículas esféricas com membrana em bicamada, constituídas de membrana externa e periplasma e possuem tamanho entre 50 a 300 nm de diâmetro. Estudos recentes tem mostrado a participação dessas vesículas no transporte de moléculas como DNA, RNA e proteínas e seu envolvimento com a virulência de bactérias. Os relatos de OMVs em A. pleuropneumoniae ainda são escassos e os poucos trabalhos não relacionam as OMVs com a virulência desta bactéria. Portanto, o objetivo deste trabalho foi verificar a produção de OMVs em isolados de A. pleuropneumoniae sorotipo 8. Para isso foram utilizados os isolados MIDG2331 e MV518, provenientes, respectivamente, do Reino Unido e do sudeste de Minas Gerais. Os isolados foram cultivados até o meio da fase exponencial e as vesículas foram obtidas através do processo de filtração hidrostática. O perfil de proteínas das OMVs foi analisado por SDS-PAGE e as vesículas foram observadas por microscopia de força atômica (MFA). O perfil eletroforético de proteínas das vesículas apresentou um padrão distinto de bandas, ao passo que o perfil das células foi similar. A análise por MFA permitiu a visualização das vesículas e o seu tamanho, que variou de 20 a 250 nm. A análise do conteúdo das vesículas de A. pleuropneumoniae necessita ser melhor investigado para correlacionar e compreender o seu papel na virulência desta espécie. A identificação da produção de OMVs em A. pleuropneumoniae sugere que essa bactéria possa utilizar as vesículas como mecanismo facilitador da infecção no hospedeiro, assim como já observado para outras espécies.
Palavras-chave Vesículas de Membrana Externa, Fator de virulência, Pleuropneumonia suína
Forma de apresentação..... Painel
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