Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8693

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Recursos Florestais e Engenharia Florestal
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Diogo Sena Baiero
Orientador SEBASTIAO RENATO VALVERDE
Outros membros Gustavo Alves Celso, Moacir Mendes Lima, Murilo Sena Baiero
Título A organização de mercado e a gestão de políticas públicas brasileiras no setor produtivo florestal
Resumo A atividade florestal difere dos demais segmentos da economia, sendo, em muitos casos, apenas viável economicamente na proximidade ao consumo, na consistência e na escala do projeto. No Brasil, a centralização de terra, capital e mão de obra em grandes companhias e a inviabilidade econômica de florestas por exigências operacionais são exemplos de políticas públicas ineficientes ou pouco competitivas. Contrariamente, medidas como valorizar os produtos florestais e trazer menores índices de verticalização e centralização podem refletir em competitividade à atividade florestal. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi descrever a organização de mercado e a gestão de políticas públicas no setor florestal brasileiro, através da revisão de literaturas especializadas.

Durante as décadas de 1960 a 1980, houve substancial aumento nas verticalizações das indústrias de base florestal, por razões diversas. Este tipo de estrutura é descrito como dificultador desenvolvimentista, afetando o preço pago em transações de compra e venda, imobilizando capital, concentrando a precificação de insumos madeireiros em grandes companhias florestais e havendo pouco ou nenhum reajuste no preço pago ao produtor. A fim de mitigar os efeitos negativos da verticalização podem haver iniciativas envolvendo o fortalecimento da parceria empresa-produtor via fomento, arrendamento ou contrato de garantia de compra.

O principal fator de competitividade à economia florestal no país é a alta produtividade dos povoamentos, fruto das condições climáticas favoráveis, possibilitando ciclos de crescimento rápido e de alta qualidade, além de baixo custo de produção em relação aos outros países. No entanto, ao comparar exigências legais a outros segmentos agropecuários e a subsídios internacionais, a atividade florestal torna-se pouco atrativa, devido a ineficiência de políticas fundiárias brasileiras. A efetividade de políticas públicas no setor produtivo florestal parece estar relacionada a instrumentos legais objetivos na área socioambiental, à inovação tecnológica e à cultura da população. Adicionalmente, ressalta-se a necessidade do legislador ter conhecimento da temática ambiental no que diz respeito ao equilíbrio de mercado.

Assim, observa-se o efeito deletério da organização de mercado quando há a centralização em poucas indústrias e a verticalização da cadeia produtiva florestal. Ademais, instrumentos de comando e controle, como as imposições legais, necessitam de precisão, adequação e razoabilidade para serem aplicados.
Palavras-chave Administração florestal, Crescimento e desenvolvimento, Legislação ambiental e florestal
Forma de apresentação..... Painel
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