Resumo |
Esse trabalho tem como foco o negro na sociedade, em especial a mulher negra. Entender seu contexto e história contribuem para compreender melhor a sociedade atual, além disso, através dos movimentos sociais, ela tem se tornado cada vez mais visível, tornando-se protagonista de sua história e empoderando-se através dela. A partir disso, foi utilizado nesse trabalho a abordagem qualitativa por meio do uso da história oral, tendo como instrumento de coleta de dados a realização de entrevista semiestruturada, fazendo com que através da subjetividade das falas da interlocutora , pudessem ser identificados elementos que demonstrem como essa mulher se enxerga e se localiza na sociedade, sua relação com o trabalho e família, e suas vivencias com o preconceito, visibilidade, sexualização e objetificação do corpo feminino, vida pública e vida privada. Além disso, através de sua trajetória e visão de mundo compreender sua ação nas relações sociais. Os dados serão analisados à luz de autores como Spivak em sua obra Pode o Subalterno Falar, que verificaram se a mulher negra na sociedade é considerada subalterna nas relações sociais e sua localização nessas relações, além de características que mostrem as relações de poder entre os atores sociais. O Brasil foi um dos países com maior tempo de exploração da escravidão no mundo e isso se reflete na atualidade, os negros ainda ocupam lugares de subalternidade nas relações sociais, no mundo do trabalho, na política, no meio científico e em outros setores da sociedade, para além disso nesse contexto onde se excaixa a mulher negra? Dado as características socioeconômicas que podemos através da literatura observar, na sociedade brasileira a relação negros/brancos e outros grupos étnicos que a compõe, relações de gênero homem/mulher e todo contexto histórico que conforma a cultura e sociedade brasileiras podemos levantar os seguintes questionamentos da pesquisa: Será que a mulher negra tem consciência de seu lugar na sociedade? Ou ela ainda viveria na subalternidade? Ela se sente empoderada? |