Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8645

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Medicina Veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa PIBEX
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG, UFV
Primeiro autor Letícia Gamarano Pires
Orientador PAULA DIAS BEVILACQUA
Outros membros Dulcinéia Esteves Santos, Eduarda Lopes Ferreira, Mateus Miranda Pena, Sílvia Dantas Costa Furtado
Título Estratégias alimentares para bovinos de leite: inclusão de espécies vegetais não convencionais na produção de silagens
Resumo O projeto “Estratégias alimentares para bovinos de leite: Inclusão de espécies vegetais não convencionais na produção de silagens” é continuidade dos trabalhos realizados desde 2006 pelo Grupo de Extensão em Interface com Pesquisa e Ensino Animais para Agroecologia. O projeto visa estimular a integração da criação animal em sistemas agroecológicos de produção, cujo principal desafio é a oferta de alimentos no período da seca. O Grupo vem atuando nessa problemática sistematizando as práticas de manejo nutricional utilizadas por agricultores/as, investigando o potencial nutricional (caracterização bromatológica) dos alimentos não convencionais identificados (espécies arbóreas encontradas nas pastagens, como fedegoso, capoeira branca, ingá, bico-de-andorinha e papagaio e outras espécies como bananeira e abacate). Além disso, o Grupo iniciou em 2013, o acompanhamento da produção de silagem com alimentos não convencionais (como labe-labe, feijão-de-porco, feijão guandu, mucuna, amendoim forrageiro, leucena, dentre outros) por agricultores/as do município de Divino-MG, que se organizaram na forma de mutirão para desenvolverem em conjunto atividades.
O objetivo do projeto é acompanhar a produção e avaliar a qualidade de silagens produzidas utilizando alimentos não convencionais para alimentação de bovinos de leite (e outras espécies animais), principalmente de forma a suprir as necessidades nutricionais dos animais no período da seca.
Em Divino, a decisão pela construção dos silos partiu de um grupo de agricultores/as que atuando como mutirão, que se autodenominou Mutirão da Criação Animal, realizava, coletivamente, tarefas nas propriedades dos integrantes do grupo.
O Grupo Animais para Agroecologia acompanhou a construção do Mutirão e acompanha a produção de silos e silagens produzidas a cada ano, através de visitas periódicas aos/as agricultores/as, realizando entrevistas semiestruturadas e coletando amostras de silagens para futuras análises bromatológicas. Em 2017, foram realizadas três entrevistas sobre a produção de silagens e coletadas amostras de quatro silos, dentre as oito famílias envolvidas.
A produção de silagem se mostra cada vez mais importante como estratégia de alimentação para o gado no período da seca e na otimização e facilitação do manejo dos animais. Durante a realização das entrevistas, notamos maior empenho dos/as envolvidos/as parar alcançar melhor qualidade e maior quantidade da silagem produzida. Por outro lado, encontramos dificuldade de acessar as famílias devido ao início da colheita de café.
Percebemos que a produção de silagem propicia várias iniciativas em termos de articulação e organização dos envolvidos, uma vez que promove maior integração e resolubilidade das demandas de cada família, além de potencializar significativamente a força de trabalho para determinadas tarefas. Também, ressaltamos a extensão popular como ferramenta de constante aprendizado na formação profissional, social e política dos/as envolvidos/as.
Palavras-chave agricultura familiar, mutirão, agroecologia
Forma de apresentação..... Oral
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