Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8605

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Outros
Setor Departamento de Economia Doméstica
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Maysa de Lima e Santos Rodrigues
Orientador CRISTIANE MAGALHAES DE MELO
Outros membros Caroline Hoth Trindade, Gabriela de Moura Pereira Câmara, Josiane Kellen Guimarães Fernandes Chaves, Rita Maria de Souza
Título Programa Casa das Mulheres e a solicitação de Medidas Protetivas de Urgência
Resumo Com intuito de contribuir para enfrentamento de todas as formas de violência contra mulheres, em 2009 o Núcleo Interdisciplinar de Estudos de Gênero-NIEG/UFV e o Conselho Municipal de Direitos da Mulher de Viçosa propuseram o Programa de extensão “Casa das Mulheres”. Através do acolhimento, da orientação jurídica e por meio dos institutos da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), o Programa busca auxiliar e empoderar mulheres de Viçosa e microrregião, para que consigam sair da situação de violência. De acordo com a lei supracitada, havendo prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, poderá ser aplicado pelo juiz, contra o agressor, um conjunto de medidas protetivas de urgência. Tais medidas são de extrema importância por serem instrumento jurídico mais célere para interromper situações de violência flagrante, uma vez que a mulher não consegue, sozinha, afastar seu ofensor. Para concessão das medidas protetivas, um pedido deve ser realizado pelo Ministério Público ou pela própria mulher. O presente estudo teve como objetivo descrever as ações desenvolvidas pela “Casa das Mulheres”, junto as mulheres na solicitação das medidas protetivas, refletindo sobre a importância desse trabalho. O Programa tem papel significativo na solicitação da medida protetiva, de modo a contar inclusive, com uma sala de atendimento próprio, dentro da 5ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Viçosa. Assim, quando a mulher deseja fazer o pedido, ela é acompanhada de uma estagiária da “Casa das Mulheres”, para que seja orientada durante todo procedimento feito na Delegacia. O acolhimento humanizado com escuta qualificada é de suma importância, visto que a mulher se encontra em um momento de fragilidade emocional, e por vezes física, de modo que lidar sozinha com ambiente intimidador e cercado de atitudes de cunho machista, pode ser ainda mais traumático, levando-a até mesmo, a desistir dos procedimentos para pedido de proteção. Assim, o primeiro passo é ouvi-la e, uma vez constatada a necessidade e a possibilidade de solicitação das medidas protetivas, passa-se à confecção do Boletim de Ocorrência. Logo após, expõe-se os acontecimentos para o Delegado de Polícia, para que ele autorize o pedido. Em seguida, é feita oitiva pelo escrivão, que redige o pedido a ser encaminhado ao juiz no prazo de 48 horas. A presença da estagiária durante o procedimento tende a evitar ou cessar a violência institucional frequentemente sofrida pelas vítimas de violência doméstica, além de reduzir a revitimização da mulher que, costuma ser desacreditada a respeito da situação de violência por ela vivida e relatada corroborando para o insucesso do pedido de proteção. Assim, acreditamos no potencial do programa que, num momento de grande fragilidade, ampara as mulheres apresentando a elas um caminho possível de acesso ao direito às medidas protetivas, sobretudo para aquelas que desconhecem os tramites burocráticos necessários ou se sentem intimidadas pelo ambiente policial.
Palavras-chave Violência de gênero, Lei Maria da Penha, Extensão universitária
Forma de apresentação..... Oral
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