ISSN | 2237-9045 |
---|---|
Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
Nível | Graduação |
Modalidade | Ensino |
Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
Área temática | Letras |
Setor | Departamento de Letras |
Bolsa | Outros |
Conclusão de bolsa | Não |
Apoio financeiro | Outros |
Primeiro autor | Flavia Ladeira Rodrigues |
Orientador | JUAN FILIPE STACUL |
Outros membros | Daniel Duvale da Silva |
Título | O Saber e o poder na perspectiva das obras de Monteiro Lobato e Lima Barreto |
Resumo | Conhece a ti mesmo, de Nosce te ipsum, para além de um lema que resume toda vida sábia de Sócrates é também a máxima adotada por Monteiro para conduzir o pensamento de suas obras. Dado esse fato o presente ensaio pretende fazer uma relação entre o conto de O mata pau encontrado em Urupês ( LOBATO, 1950) e O Homem que sabia Javanês que foi publicado primeiramente no Jornal Gazeta da Tarde do Rio de Janeiro e mais tarde publicado no livro O Homem que sabia Javanês e outros contos ( BARRETO, 1911) baseando- se na ideia de saber e poder debatidos pelo filósofo Foucault acerca da interpretação do Mito de Édipo ( Sófocles, 427 a.C) . O primeiro conto “ O mata-pau” baseia-se na ideia de saber e poder relacionando-se com " Édipo Rei" visto que a história de Édipo, assim como a de Rosa e Elesbão vai muito além da relação de um enredo que conta sobre incesto, elas se cruzam por levantarem questões teóricas do saber e do poder determinadas por Michel Foucault. Em suma, a teoria esclarece que o indivíduo atinge o poder quando é detentor do saber, exemplificando o cargo que é concedido à um médico: só lhe é dado o poder de salvar a vida porque este detém o saber da medicina para isso e Assim como Édipo, que por não saber a verdade sobre o seu destino e a desgraça que lhe acercava ( podendo ser estudado pela revista de Letras do ano de 2001), Rosa perde de certa forma o poder que nada mais é sua vida, pois mesmo ela sobrevivendo ao incêndio é condenada a viver uma vida atormentada. E o segundo título “ O homem que sabia Javanês”, mostra uma segunda face para o saber e o poder dentro do conto de Lima Barreto,sendo o protagonista uma espécie de anti-herói charlatão cujo único propósito é o de salvar a própria pele, fica fácil explorar o lado negro dessa relação entre saber, verdade e poder, ao passo que Lima trás a tona o avesso do ideal de saber a verdade para alcançar êxito. Montelo nunca precisou saber a verdade (leia-se dominar alguma área do saber), pelo contrário, enganava outras pessoas a fim de conseguir certo status social usando variados artifícios, desde se fingir adivinho até o ser professor de javanês; áreas em que não tinha o mínimo de formação necessária. E porventura de uma dessas “partidas que havia pregado às convicções e às respeitabilidades, para poder viver”, Montelo fora nomeado cônsul, um charlatão chegou a ser cônsul por conta de uma de suas mentiras, acrescentando ao trabalho uma ideia que se relaciona com a temática mas de um ponto de vista mais pessimista, ou realista da coisa já que o personagem usa do seu saber de forma esperta para conseguir o poder que é desejado, mas que não é o mais certo. |
Palavras-chave | Édipo, Foucault, Lobato |
Forma de apresentação..... | Painel |