Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8533

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina Veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Danilo Manzini Macêdo
Orientador BRUNNA PATRICIA ALMEIDA DA FONSECA
Outros membros Aline de Oliveira Ferreira, Andressa Brito Damaceno, Lorena Chaves Monteiro, MARIA VERONICA DE SOUZA, Marina Martins Santos, Maristela Vieira de Souza Clavery
Título Lesões estruturais relacionadas ao treinamento precoce de potros mangalarga marchador.
Resumo O treinamento dos animais é essencial para determinar o sucesso na carreira esportiva, mas tem sido realizado de forma empírica com equinos MM. O protocolo de treinamento adequado envolve o uso de períodos regulares de exercício e descanso que promovem mudanças estruturais e funcionais no animal para permitir competir com maior eficiência. As adaptações ocorrem no sistema cardiovascular, nas células musculares e elementos estruturais como ossos e tendões. A resposta depende do estimulo causado pelo treinamento. Independentemente do esporte, alguns princípios devem ser seguidos, pois caso contrário podem comprometer a capacidade atlética do animal. A falta de preparo físico, excesso de trabalho, técnicas rudimentares de doma e iniciação e idade precoce são alguns desses fatores. É comum os cavalos entrarem em competições muito antes de estarem completamente preparados, gerando estresse na musculatura, ossos, ligamentos e tendões, levando ao aparecimento de lesões. Foi admitido no Hospital Veterinário da UFV, um potro macho de 2 anos de idade, da raça mangalarga marchador, com 310 kg de peso corporal e com histórico de enrijecimento da musculatura cervical, dificuldade para flexionar, estender e realizar lateroflexão da cabeça e pescoço. Estes sintomas iniciaram-se há 30 dias e se agravaram nos últimos 5 dias. Este animal se encontra em treinamento na modalidade esportiva “potro de pista”, onde iniciou as atividades ao 1,5 ano de idade. No protocolo de treinamento, era submetido a treinos 3 vezes por semana, por 40 minutos diários. Contemplando exercícios bilaterais de guia nos redondel, onde o cabo do cabresto era amarrado no centro pista em um mourão e o animal estimulado a marchar ao redor deste ponto fixo. Excessos eram promovidos e no sentido da fuga, o animal era impedido de progredir repentinamente. Exercícios puxados ao cabresto também eram realizados, sempre bilateralmente. Ao exame físico realizado no hospital, foram constatadas restrição e diminuição da flexão cervical e relutância em estender a articulação atlanto-ocipital. Lateroflexão passiva e ativa com amplitude diminuída, acompanhada de rigidez e tensão muscular bilateral principalmente na região entre a quinta e a sexta vértebras cervicais. Durante a inspeção em movimento, foi observada rigidez pélvica, relutância em recuar e redução da amplitude da passada dos membros pélvicos e torácicos. Ao exame ultrassonográfico, alterações na ecogenicidade e paralelismo das fibras do ligamento supra-espinhoso, deste ao nível da 15 vértebra torácica até a 17 foram observadas. Existe irregularidade das superfícies articulares entre C5/C6 e C6/C7 no antímero direito e entre C3/C4, C4/C5, C5/C6 e C6/C7 no esquerdo, variando de discretas e intensas. Os achados ultrassonográficos, histórico e exame clínico sugerem osteoartrite nas articulações sinoviais cervicais citadas anteriormente, desmopatia do ligamento supra-espinhoso e enteseopatia de inserção em vértebras cervicais.
Palavras-chave Cervicalgia, treinamento, equinos
Forma de apresentação..... Painel
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