Resumo |
A floricultura no Brasil teve grande influência dos imigrantes italianos, alemães, japoneses e holandeses. O Brasil, por ser um país tropical, apresenta grande diversidade de climas, solos e biodiversidade, o que favorece o cultivo de plantas ornamentais. Os principais estados produtores de flores e plantas ornamentais no Brasil são: São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais. As principais espécies cultivadas para corte no estado de Minas Gerais são rosas, sempre-vivas, copo-de-leite, cravo e helicônias. O copo-de-leite (Zantedeschia aethiopica) pertence à família Araceae, possui porte herbáceo, perene e se desenvolve melhor em regiões de clima ameno e úmido. A produção de copo-de-leite é uma excelente alternativa à agricultura familiar, em razão do baixo investimento para implantação e manutenção do cultivo e pela alta rentabilidade por área plantada. Outro fator que deve ser levado em consideração, além da produção é o tratamento pós-colheita e o armazenamento dado às inflorescências, visto que o interesse comercial está relacionado ao aumento da longevidade das inflorescências e à redução das perdas pós-colheita associadas a diferentes ambientes. O presente estudo teve o objetivo de avaliar diferentes períodos de tempo, sob exposição à baixa temperatura na vida pós-colheita das inflorescências de copo-de-leite. O experimento foi conduzido no Setor da Floricultura do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Viçosa e as inflorescências foram adquiridas do Sítio Boa União, localizado no município de Viçosa. As inflorescências foram padronizadas com comprimento de haste de 36 cm, mantidas em água e pesadas no início, durante e no final da longevidade. O experimento foi delineado em blocos casualizados, com 6 tratamentos e 6 repetições. Os tratamentos foram 6 períodos de armazenamento da inflorescência sob temperatura de 6°C na câmara de refrigeração: 0 dia (controle), 1 dia, 2 dias, 3 dias, 4 dias e 5 dias. Em seguida, a longevidade das inflorescências foi avaliada no laboratório de pós-colheita de flores, sob temperatura média de 16,4°C e 76% de umidade relativa do ar. As variáveis medidas diariamente foram: murcha das flores (túrgida, levemente murcha e murcha), coloração da espata (cor viva, levemente desbotada e desbotada) e presença de grãos de pólen no espádice. Observou-se semelhança entre os tratamentos quanto à longevidade das inflorescências, turgescência e coloração da espata, e, tendência da espata permanecer levemente murcha. A coloração da espata se mostrou mais estável, comparada à perda de turgescência. Houve aumento do peso das inflorescências e do tempo para aparecimento de grãos de pólen com o prolongamento do tempo de armazenamento à baixa temperatura. |