Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8530

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Entomologia Agrícola
Setor Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Samuel Lessa Barbosa
Orientador MARIA GORETI DE ALMEIDA OLIVEIRA
Outros membros Jenny Dimelza Gomez Arrieta, Juan Diego Rios Diez, Roberta Ribeiro Coura, Thiago Rodrigues Dutra
Título Identificação da atividade inibitória para serino e cisteino proteases da hemolinfa de Anticarsia gemmatalis Hübner, 1818 (Noctuidae)
Resumo Os inibidores de proteases estão em todos os eucariotos, em algumas plantas e vírus. Tais inibidores são de importância fundamental na regulação dos processos biológicos, limitando a ação das proteases. Eles podem ser de ampla ação, como as enzimas digestivas e os fatores de virulência de patógenos, ou de substrato específicos, no caso dos componentes de uma cascata enzimática. Em diversas espécies de insetos, encontram-se inibidores de proteases em múltiplos tecidos, por exemplo, no tegumento, nas gônadas, nas glândulas salivais e na hemolinfa. Os presentes neste último, desencadeiam uma reação em cascata, que, no momento em que há uma invasão de micro-organismos, sua ação permite controlar a infecção. Tal regulação é feita por meio do controle das enzimas proteolíticas, pelo qual o sistema reconhece os patógenos, regula a coagulação da hemolinfa, gera a síntese de peptídeos antimicrobianos e a melanização para encapsulação dos patógenos. O objetivo deste trabalho foi determinar se a hemolinfa de Anticarsia gemmatalis contêm inibidores de proteases ativos. Para isso foi coletada, com ajuda de micropipeta Pasteu, a hemolinfa de 300 lagartas, no segundo dia do quinto instar, de A. gemmatalis. Para realização desta coleta, foram cortadas os últimos pares de falsas pernas abdominais das lagartas. Para evitar a ativação das fenoloxidases e, por consequência, a coagulação, o fluido foi misturado com feniltiouréia (PTU), na proporção 1:50 (PTU: Hemolinfa), e levado a centrifugação 15.000 rpm/15 min, para eliminar os hemócitos presentes. Imediatamente foi obtido 5 mL do plasma ou Hemolinfa Livre de Hemócitos (HLH). O HLH foi submetido à cromatografia por afinidade, para separar as serino proteases de todas as outras proteínas presentes. Foram realizados ensaios de inibição de cisteíno e serino proteases com as frações obtidas. Para aquelas que deram resultado positivo para a inibição, foi determinado o perfil proteico em poliacrilamida de uma dimensão (1D) e duas dimensões (2D). Das 60 frações coletadas na cromatografia pela coluna de afinidade Benzamidina, 18 obtiveram uma inibição maior ou igual que 30% para serino proteases. Enquanto que para cisteíno proteases, apenas seis frações apresentaram inibição maior ou igual que 30%. No perfil proteico por géis de 1D e 2D foi identificado um padrão onde, provavelmente, estão as proteínas com a atividade inibitória, variando de 38 a 49 KDa, em uma faixa de ponto isoelétrico (pI) entre 4,6 e 6,9. Com base nos resultados obtidos, conclui-se que há inibidores ativos na hemolinfa da lagarta-da-soja.
Palavras-chave Lagarta-da-soja, cromatografia, inibição enzimática.
Forma de apresentação..... Oral, Painel
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