Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8523

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Engenharia Agrícola
Setor Departamento de Engenharia Agrícola
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Ana Paula de Freitas Coelho
Orientador NATALIA DOS SANTOS RENATO
Outros membros Naiara Cristina Zotti
Título Principais formas de conversão e perspectivas futuras da geração de energia a partir da biomassa de eucalipto
Resumo Atualmente tem sido observado um grande crescimento na busca por fontes renováveis de geração de energia, uma vez que a dependência dos combustíveis fósseis é preocupante, por este ser um recurso finito. A utilização da biomassa vegetal é uma alternativa com grande potencial de expansão. O eucalipto (Eucalyptus spp) é uma matriz energética potencial devido sua alta plasticidade ambiental, crescimento rápido e não ser utilizado como alimento. Como o Brasil é referência na eucaliptocultura, esse trabalho teve como objetivo mostrar o potencial da biomassa de eucalipto para a geração de energia, bem como uma visão geral das perspectivas futuras desse setor. Realizou-se revisão na literatura sobre a situação nacional atual da produção de eucalipto, seu potencial para geração de energia, suas principais formas de conversão e as perspectivas do setor. O Brasil é um dos maiores produtores de eucalipto do mundo, com produtividade média de 36 m³/ha, sendo a maior parte da produção destinada à indústria celulósica e de carvão vegetal. O eucalipto é muito utilizado para a geração de energia, devido sua densidade, poder calorífico, umidade e teor de minerais ideais para essa finalidade. Os processos mais comuns para converter a biomassa de eucalipto em energia são a combustão direta, pirólise, gaseificação e, como forma promissora, a geração de etanol de primeira e segunda geração. A combustão direta é o método mais antigo, sendo necessário combustível, comburente e fagulha. A pirólise é a carbonização dos constituintes da madeira em altas temperaturas e em ambiente e com restrição de oxigênio, resultando na formação do carvão vegetal. O carvão vegetal tem a vantagem de apresentar maior poder calorífico, menor volume e umidade, comparado à madeira bruta, facilitando seu transporte e armazenamento. A gaseificação consiste na conversão do combustível sólido em gás energético, pela oxidação parcial a temperaturas elevadas, o que contribui para a redução das emissões globais de CO2. No futuro, a biomassa de eucalipto pode ser ainda melhor aproveitada, pois está em fase de desenvolvimento a fermentação das cascas de eucalipto para produção de etanol. Os carboidratos solúveis das cascas são prontamente disponíveis para a produção de etanol de primeira geração pela fermentação convencional. O etanol de segunda geração é produzido após a hidrólise do material pré-tratado com substâncias ácidas ou alcalinas. Esse processo é promissor porque permite o aproveitamento dos resíduos lignocelulósicos resultantes do setor madeireiro, mas são necessários investimentos em pesquisas e desenvolvimento de técnicas que tornem o processo viável economicamente. No Brasil as condições edafoclimáticas são ideais para a cultura do eucalipto e ainda tem-se a possibilidade de aumentar a produtividade por meio de melhoramento genético. Com o trabalho efetuado, conclui-se que, o país apresenta potencial para reduzir cada vez mais sua dependência em relação aos combustíveis fósseis.
Palavras-chave Eucalyptus, energia renovável, biomassa
Forma de apresentação..... Painel
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