Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano
23 a 28 de outubro de 2017
Trabalho 8516
| ISSN | 2237-9045 |
|---|---|
| Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
| Nível | Graduação |
| Modalidade | Pesquisa |
| Área de conhecimento | Ciências Agrárias |
| Área temática | Recursos Florestais e Engenharia Florestal |
| Setor | Departamento de Engenharia Florestal |
| Bolsa | FAPEMIG |
| Conclusão de bolsa | Não |
| Apoio financeiro | FAPEMIG |
| Primeiro autor | Laíssa Ferreira Carvalho |
| Orientador | BENEDITO ROCHA VITAL |
| Outros membros | ANGELICA DE CASSIA OLIVEIRA CARNEIRO, Juliana Ceccato Ferreira, Larissa Carvalho Santos, Lívia Dal Sasso de Souza |
| Título | Adição de lignina kraft metiolada na síntese de adesivos ureia-formaldeído |
| Resumo | A lignina extraída do licor negro é um coproduto do processo fabril de indústrias de celulose. No Brasil a lignina kraft tem maior importância, devido ao predomínio do processo kraft no setor de produção de polpa celulósica. No mundo são produzidos cerca de 70 milhões de toneladas por ano de lignina kraft, existindo uma forte tendência mundial em dar-lhes um aproveitamento mais nobre, devido à sua natureza aromática e à sua vasta oferta diária. Por outro lado, os adesivos à base de ureia formaldeído, importante insumo da industria de painéis, têm baixa resistência à umidade e menor resistência mecânica quando comparado com os adesivos fenólicos. Além disso, os adesivos à base de ureia, após a solidificação, liberam pequenas quantidades de formaldeído que em ambientes fechados podem prejudicar a saúde das pessoas. Neste sentido, a adição de lignina ao adesivo de ureia-formaldeído poderia melhorar suas propriedades. Mas, antes disso, é necessário aumentar a sua reatividade metiolando a molécula. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da adição de lignina kraft metiolada de Eucalyptus sp., na síntese do adesivo ureia-formaldeído, nas suas propriedades adesivas e na resistência ao cisalhamento de juntas de lâminas. No primeiro procedimento, adicionou-se 29,45 g de lignina a 58,9 g de água e 27 g de formaldeído. O pH foi ajustado para 12, obtendo-se a lignina metiolada que foi denominada de tipo 1. No segundo procedimento houve a mistura da lignina e formaldeído em proporções de 1:1, com ajuste do pH para 8,5, obtendo a lignina metiolada tipo 2. Em ambos os procedimentos, a mistura permaneceu sob agitação e aquecimento durante 3,5 horas. Para as sínteses dos adesivos de lignina-ureia-formaldeído, substituiu-se 10, 20 ou 30% da ureia total pelas ligninas metioladas tipo 1 ou tipo 2, totalizando sete tratamentos, incluindo o adesivo testemunha ureia-formaldeído. A adição da lignina metiolada ocorreu no início da terceira fase da síntese, na etapa alcalina. Juntas de lâminas de madeira foram coladas com os adesivos sintetizados, determinando-se a resistência ao cisalhamento e a porcentagem de falha na madeira. As propriedades adesivas variaram entre 60 a 550 cP para a viscosidade e 8,3 a 9,3 para o pH, ambos para os adesivos com 30% de. O teor de sólidos variou entre 50,2 e 53,3% e o tempo de gelatinização foi de 66 à 181s. A resistência ao cisalhamento na linha de cola de juntas de lâminas coladas foi superior para o adesivo ureia-formaldeído quando comparado com os adesivos que receberam a adição de lignina metiolada. A porcentagem de falha na madeira variou entre 0,00 e 51,45%. Concluiu-se que as sínteses que utilizaram lignina metiolada tipo 1 tiveram melhores propriedades adesivas. A maior resistência ao cisalhamento foi observada quando houve a adição de 10% de lignina metiolada tipo 2, que não diferiu significativamente da testemunha e não diferiu do resultado obtido com o adesivo contendo 10% de lignina metiolada tipo 1. |
| Palavras-chave | Polímeros, adesivos termofixos, hidróximetilação |
| Forma de apresentação..... | Painel |