Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8504

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Nutrição
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Tatiana Maria Amaral Zappa
Orientador HELEN HERMANA MIRANDA HERMSDORFF
Outros membros Gabriela Amorim Pereira, JOSEFINA BRESSAN, Lílian Lelis Lopes, Thatianne Moreira Silva Oliveira
Título Associação entre o consumo de lipídios da dieta e ácidos graxos plasmáticos em participantes da Coorte das Universidades MinEiras (CUME)
Resumo O perfil de ácidos graxos da dieta habitual tem sido bastante discutido, devido ao seu potencial de ação protetora ou precursora das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). A substituição dos ácidos graxos saturados (AGS) e ácidos graxos trans por poli-insaturados (AGPI) tem sido relacionada a uma melhora no perfil lipídico e redução do processo inflamatório. Sendo assim, esse estudo transversal teve como objetivo avaliar a relação entre o consumo de lipídios, e ácidos graxos plasmáticos nos participantes da linha de base da Coorte das Universidades MinEiras (CUME). Participaram desse estudo 85 voluntários (23 homens e 62 mulheres, entre 23 e 64 anos de idade). Os participantes são ex-alunos da Universidade Federal de Viçosa (UFV), residentes em Viçosa e região, os quais preencheram um questionário autorrespondido (online) com questões relacionadas às características sociodemográficas, estilo de vida, atividade física, bioquímicas, relacionadas à saúde dos participantes, e medidas antropométricas. Ademais, os participantes preencheram um Questionário de Frequência de Consumo Alimentar (QFCA) e relataram seus hábitos e práticas alimentares. Após etapa online, os participantes foram convidados a comparecer ao Laboratório de Metabolismo Energético e Composição Corporal, localizado no Departamento de Nutrição e Saúde-UFV, onde, após 12 horas de jejum, foram realizadas coleta de sangue, medidas antropométricas e de composição corporal. O projeto foi previamente aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos da UFV (UFV- CAAE 07223812.3.1001.5149 e 56330216.1.0000.5153). Como resultados, somente dois participantes atingiram a recomendação de AGPI (> 10% do valor calórico diário). Também foi observado uma correlação negativa entre o consumo de AGPI e as concentrações de AGS plasmáticos (ρ= -0,367; p= 0,001) e uma correlação positiva com as concentrações de ácidos graxos monoinsaturados (AGMI) (ρ=0,310; p=0,004) que pode ser justificado pelo consequente aumento no consumo de AGMI na dieta junto ao maior consumo de AGPI (ρ=0,522; p= 0,000). Além disso, o azeite de oliva, as oleaginosas (R²= 0,283) e o óleo de soja explicaram em 18,9%, 9,4% e 5,3%, respectivamente a ingestão de AGPI (p<0,001). Em conclusão, o consumo de AGPI foi associado com um perfil plasmático de ácidos graxos menos aterogênico, mesmo estando esse consumo abaixo das recomendações. Nossos resultados mostram a importância de estratégias de educação nutricional para o consumo adequado desse nutriente e prevenção das DCNT na população da nossa coorte.
Palavras-chave Consumo alimentar, Doenças Crônicas Não Transmissíveis, Ácido graxo poli-insaturado
Forma de apresentação..... Oral
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