Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8499

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina Veterinária
Setor Departamento de Zootecnia
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Kamilla Dias Paes Silva
Orientador CRISTINA MATTOS VELOSO
Outros membros Cristian Silva Teixeira, Lorraine Marcele Lopes da Costa, Maria Gazzinelli Neves, Thiago Vieira e Silva
Título Comportamento sexual e perfil de testosterona de garanhões Mangalarga Marchador dentro e fora da estação de monta
Resumo O desempenho reprodutivo dos equinos é influenciado pela duração do fotoperíodo conforme sua variação em função da latitude, sendo classificados como animais de fotoperíodo longo. Isso decorre da produção de melatonina, hormônio responsável pela modulação do eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal nas espécies sazonais. A testosterona, dentre outras funções, está associada ao controle do comportamento sexual dos machos, parâmetro essencial no exame andrológico de garanhões. Diante disso, o presente estudo objetiva correlacionar a produção de testosterona com o comportamento sexual dentro e fora da estação de monta, em garanhões Mangalarga Machador (MM). Foram utilizados 11 garanhões com idade de cinco a 25 anos, sadios e aptos à reprodução ao exame andrológico, criados em Minas Gerais, com variação de latitude entre 20°45’14” e 17°51’27”. Analisou-se então o comportamento sexual e o nível sérico de testosterona, em julho e agosto de 2013 e em janeiro e fevereiro de 2014. Na avaliação comportamental, foram quantificadas as variáveis: tempo de reação (duração entre a visualização da égua pelo garanhão até a ereção completa do pênis), tempo de latência (desde a ereção até a primeira monta), tempo de monta (duração entre o início da monta até a descida após a ejaculação), número de montas necessárias para a colheita do sêmen e número de reflexos de Flehmen. Para a análise hormonal, foram coletadas amostras sanguíneas por cateterização da veia jugular, 20 dias após o início de cada solstício, verão e inverno. Cada coleta foi realizada uma vez em cada estação durante 12 horas (7h às 19h), com intervalo de 30 minutos, resultando em 25 amostras por animal, por estação. As amostras foram centrifugadas para obtenção do soro e as concentrações séricas de testosterona foram determinadas pelo teste de quimioluminescência, pela técnica imuno-enzimática no aparelho Access®. Quanto ao comportamento sexual e concentrações séricas de testosterona, as variáveis avaliadas não apresentaram diferenças entre as estações. Esse resultado pode ser devido à menor latitude da região na qual este estudo foi realizado, onde há menor variação de luminosidade ao longo do ano, caracterizando estações climáticas menos definidas, que impossibilitam a percepção da diferença comportamental dos garanhões. Em relação a análise hormonal, a metodologia utilizada permitiu dosar as concentrações séricas de testosterona, evitando sua sub ou superestimação, uma vez que esta é secretada de forma pulsátil e sem um padrão definido entre os diferentes períodos de luminosidade do dia. Alguns autores sugerem que o fotoperíodo não parece ser muito confiável para a regulação sazonal de animais que vivem em latitudes menores que 30º. Conclui-se que as concentrações de testosterona não se alteram com as variações de fotoperíodo dentro das condições geográficas e de manejo estudadas assim como o comportamento sexual.
Palavras-chave Quimioluminescência, sazonalidade, tempo de monta
Forma de apresentação..... Painel
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