Resumo |
INTRODUÇÃO: Diversas são as finalidades para a avaliação da composição corporal, dentre elas podemos considerar a tomada de decisão sobre a intervenção dietética, prática de exercícios físicos e controle do peso corporal. Existe uma classificação desses métodos na literatura como diretos, indiretos e duplamente indiretos, respectivamente de acordo com sua acurácia. Dentre eles têm-se o método de dobras cutâneas (duplamente indireto), bioimpedância (duplamente indireto) e a densitometria por DEXA (indireto), métodos frequentemente utilizados em estudos, entretanto com custos e acessibilidade diferentes. Dessa forma, seria interessante comparar os resultados obtidos entre os métodos duplamente indiretos com o indireto, para verificar a concordância relativa à determinação do percentual de gordura corporal. OBJETIVO: Comparar o percentual de gordura de mulheres de meia e terceira idade obtido por meio do método de dobras cutâneas e bioimpedância com o método DEXA. METODOLOGIA: O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa (CAAE: 60303716.1.0000.5153). A amostra foi composta por 106 mulheres (58 meia idade e 48 terceira idade) com idade entre 40 e 84 anos. Todas as participantes realizaram avaliações do percentual de gordura corporal por meio do método de dobras cutâneas (Pollock 7 dobras), bioimpedância elétrica e DEXA, em dias diferentes, mas no mesmo horário e sob as mesmas condições. Para a comparação do percentual de gordura entre o DEXA e a Antropometria, e entre o DEXA e a Bioimpedância, foi utilizado o teste T de Student. Os dados são apresentados como média ± desvio-padrão. O nível de significância adotado para as análises foi de α=5%. RESULTADOS: Para o grupo de meia idade, o percentual de gordura encontrado por meio das dobras cutâneas foi de 37 ± 6 %; na bioimpedância foi de 35 ± 6 % e no DEXA foi de 39 ± 6%. Houve diferença significativa (p<0,05) dos resultados das dobras cutâneas e da bioimpedância comparados ao DEXA. Para o grupo de terceira idade, o percentual de gordura encontrado por meio das dobras cutâneas foi de 39 ± 4 %; na bioimpedância foi de 37 ± 6 % e no DEXA foi de 40 ± 6%. Houve diferença significativa (p<0,05) dos resultados da bioimpedância comparados ao DEXA. CONCLUSÃO: Concluiu-se com o presente estudo, que dos métodos analisados, para a terceira idade, a determinação do percentual de gordura por meio das dobras cutâneas não apresentou diferença quando comparada ao DEXA, indicando que para esse grupo, essa técnica de mais baixo custo e fácil acesso, pode ser usada e considerada de alta precisão. Ressalta-se a importância da capacitação e treinamento dos avaliadores. |