Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8466

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Fisiologia Vegetal
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa FUNARBIC/FUNARBE
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG, FUNARBE
Primeiro autor Paloma Stefany Correa Mansur
Orientador CLEBERSON RIBEIRO
Outros membros Adinan Alves da Silva, Cíntia Oliveira Silva, Michel Filiphy Silva Santos, Vanessa do Rosário Rosa
Título Papel da glutationa na tolerância diferencial ao déficit hídrico em plantas de soja (Glycine max. L. merril)
Resumo Apesar do alto investimento em modernização e melhorias biotecnológicas, a seca continua sendo o fator mais limitante à produtividade da cultura da soja. Em déficit hídrico, há dificuldades para manutenção de processos fisiológicos básicos da planta, como a fotossíntese e a respiração celular. Nessas condições, são geradas espécies reativas de oxigênio (EROs), produtos tóxicos com potencial para causar danos às estruturas celulares vegetais, resultando em estresse oxidativo. Por causa disso, a planta possui mecanismos que atuam na redução/eliminação das EROs, sendo a glutationa um metabólito essencial nesse processo. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar o papel da glutationa na tolerância diferencial ao déficit hídrico em genótipos de soja. Para isso, foram comparados dois genótipos, sendo um cultivar já descrito pela literatura como tolerante ao déficit hídrico (Embrapa 48) e uma linhagem proveniente do Programa de Melhoramento da Soja (Bioagro-UFV), que apresenta características de tolerância, mas ainda sob validação. Foram avaliados em amostras de folhas dos dois genótipos, marcadores de estresse oxidativo, como o teor de peróxido de hidrogênio (H2O2) e teor de MDA (indicativo da peroxidação de lipídios de membranas), bem como o teor de glutationa total (GSH+GSSG) e atividade das enzimas relacionadas ao seu metabolismo: sintetase da ϒ-glutamilcisteína (ϒ-GCS), redutase da glutationa (GR) e peroxidase da glutationa (GPXs). Os tratamentos foram aplicados quando as plantas atingiram o estádio de desenvolvimento V4. Nesse momento, um grupo de plantas continuou recebendo plena irrigação (tratamento Controle), enquanto outro grupo teve a irrigação suspensa até as plantas atingirem um potencial hídrico foliar na antemanhã (Ψwam) de -1,5 ± 0,2 MPa (tratamento DH) e um terceiro grupo de plantas reidratadas durante 3 dias (tratamento Reidratação), após o déficit hídrico, a fim de avaliar a capacidade de recuperação ao estresse. O status hídrico das plantas foi mensurado através da bomba de pressão do tipo Scholander. As análises bioquímicas (teores de H2O2, MDA e GSH+GSSG e atividade das enzimas ϒ-GCS, GR e GPXs) foram realizadas por meio de espectrofotometria UV-Visível. No tratamento DH, houve aumento da concentração de H2O2 e portanto, aumento da peroxidação lipídica. Como consequência disso, o metabolismo da glutationa também foi aumentado no tratamento DH. No cultivar E48, houve maior aumento dos teores de glutationa total e na atividade da GPX, enquanto que na linhagem 13241, houve aumento da atividade das enzimas ϒ-GCS e GR. No tratamento RH, ambos os genótipos se recuperaram ao mesmo nível do controle em todas as análises descritas. Por fim, conclui-se que a linhagem 13241 apresenta resultados semelhantes aos do E48 para o metabolismo da glutationa. Essas informações reforçam o caráter tolerante da linhagem 13241 e podem ser úteis no melhoramento genético da soja, visando maior tolerância a seca por meio de mecanismos antioxidativos.
Palavras-chave Glutationa, MDA, estresse hídrico
Forma de apresentação..... Painel
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