Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8462

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina Veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro UFV
Primeiro autor Arthur Neves Passos
Orientador JOSE DANTAS RIBEIRO FILHO
Outros membros Aline de Oliveira Ferreira, Andressa Brito Damaceno, Danilo Manzini Macêdo, Lorena Chaves Monteiro, Marina Martins Santos, Maristela Vieira de Souza Clavery, Raffaella Bertoni Cavalcanti Teixeira
Título Síndrome do mau ajustamento neonatal: Relato de caso
Resumo A Síndrome do mau ajustamento neonatal (SMN) em potros apresenta diferentes manifestações clínicas como perda do reflexo de sucção, bruxismo, anorexia e com o seu avançar podem aparecer manifestações neurológicas graves impossibilitando a vida. A elucidação mais aceita para a causa da SMN é o comprometimento vascular cerebral do neonato, podendo ser provocado por problemas na fase fetal, ou até em traumas ocorridos após o parto. Concomitante as manifestações clássicas da síndrome, o animal geralmente apresenta um ou mais episódios de doenças infecciosas, já que por muitas vezes os potros com problemas no periparto não ingerem quantidades satisfatórias de colostro. Isso os torna mais suscepteis aos agentes infecciosos e menos responsivos aos tratamentos das doenças. Foi atendido no Hospital Veterinário do Departamento de Veterinária da Universidade Federal de Viçosa (DVT/UFV), um potro com 24 horas de vida, Mangalarga Marchador, que logo após o parto sofreu um trauma, rolando de uma altura com aproximadamente 10 metros, impedindo a ingestão do colostro. Diante disso, foi realizado no animal a transfusão de plasma, com o objetivo de recompor a sua imunidade. Após 72 horas o animal recebeu alta. Decorridos três meses do procedimento o animal retornou ao Hospital Veterinário da UFV. Desta vez a queixa principal do proprietário foi o comprometimento da capacidade respiratória do animal. Ao exame físico detectou-se crepitações à ausculta pulmonar, apatia, desidratação, além de alguns sinais neurológicos como andar em círculos. Nos exames registrou-se leucograma de estresse. Correlacionando o histórico e os achados clínicos e laboratoriais, deu-se início ao tratamento para o processo infeccioso sistêmico, com o uso de antibacterianos, antiinflamatório e reposição de fluido e eletrólitos por hidratação enteral. Contudo, o quadro clínico evoluiu para septicemia, gerando meningoencefalite bacteriana, confirmada por análise de líquido cefalorraquidiano. O animal apresentou repetitivos quadros convulsivos, refratários a ação de benzodiazepínicos. Mediante constatação de irreversibilidade do quadro, foi autorizado pelo proprietário a eutanásia do animal. Na necropsia observou-se esplenomegalia, hepatomegalia, hidronefrose, congestão pulmonar, cérebro congesto e com presença de secreção purulenta na região do diencéfalo. Conclui-se que os problemas relacionados a fase perinatal, principalmente a falta de ingestão do colostro, foram preponderantes para a instalação de infecções bacterianas secundárias.
Palavras-chave síndrome, neonatal, doença
Forma de apresentação..... Painel
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