Resumo |
INTRODUÇÃO: Os suplementos alimentares têm sido frequentemente utilizados pelos praticantes de musculação. Dentre eles, um dos mais consumidos é a creatina, que participa do metabolismo energético no sistema anaeróbico alático. Seu consumo tem sido associado ao ganho de força e com potencial para fins estéticos voltados para hipertrofia. OBJETIVO: Verificar o impacto da suplementação de creatina a curto prazo sobre a composição corporal e sobre o desempenho anaeróbico. METODOLOGIA: Foram avaliados 20 participantes (24,05 ± 2,61 anos) do sexo masculino, todos praticantes de musculação por um período mínimo de seis meses. Foram divididos em dois grupos: (G1) ingeriu o placebo (maltodextrina) e (G2) que ingeriu a creatina. Antes e depois de cada tratamento, os participantes fizeram os testes de ergômetro de braços (Wingate), Fletcher (saltos horizontais consecutivos) e dinamometria manual. Foram avaliadas as dobras cutâneas e perimetrias. Os percentuais de massa gorda e massa muscular também foram obtidos por bioimpedância, bem como a água corporal total, isto é, água extra e intracelular. Para o consumo de creatina, adotou-se o protocolo proposto de Hultman et al. (1996) com uma fase de sobrecarga (0,3g/Kg de peso corporal) dividida em 4 doses diárias, sendo o café da manhã, almoço, lanche e jantar por 7 dias, seguida de uma fase de manutenção com 0,03g/Kg por dia em uma única dose (pós treino) por mais 7 dias. A mesma dinâmica ocorreu com o grupo placebo que consumiu a maltodextrina. A pesquisa foi realizada com o método simples cego, ou seja, os avaliados não tinham conhecimento em qual grupo estavam inseridos, porém a responsável pela pesquisa sim. ANÁLISE ESTATÍSTICA: Análise descritiva seguido do teste t de Student, comparando as variáveis dependentes antes e após a intervenção do suplemento ou placebo com nível de significância de p < 0,05. RESULTADOS: Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas intragrupos e nos momentos pré e pós a ingestão de creatina em todas as situações testadas. CONCLUSÃO: A suplementação com creatina a curto prazo não foi suficiente para produzir alterações significativas na composição corporal ou qualquer alteração antropométrica ou, ainda, na quantidade de água corporal. Também não houve influência na potência anaeróbica de braços e de membros inferiores ou na força de preensão manual. |