Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8449

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina Veterinária
Setor Departamento de Zootecnia
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Arthur Goulart de Mendonça Alves
Orientador SERGIO LUIZ DE TOLEDO BARRETO
Outros membros Cristian Silva Teixeira, Maria Eduarda Borges Figueira, Maria Gazzinelli Neves, Ytalo Galinari Henriques Schuartz
Título Atividade folicular de éguas da raça Mangalarga Marchador no período de transição reprodutiva
Resumo As éguas são fêmeas classificadas como poliéstricas estacionais e seu ciclo estral é regulado principalmente pelo fotoperíodo. Em fotoperíodos mais longos, sua atividade folicular é maior. Isso ocorre devido ao estímulo da retina pelos raios solares, gerando sinais nervosos que inibem a liberação de melatonina pela glândula pineal. A melatonina, por sua vez, é um hormônio supressor do GnRH (Hormônio Liberador de Gonadotrofinas), sendo este responsável por estimular a liberação de FSH (Hormônio Folículo Estimulante) e LH (Hormônio Luteinizante) pela hipófise, responsáveis pela atividade ovariana e, consequentemente, folicular. O FSH estimula o desenvolvimento dos folículos ovarianos, que passam a produzir e secretar estrógenos, responsáveis pela geração dos sinais característicos do estro. Já o LH, é o responsável pelo estímulo da ovulação e formação do Corpo Lúteo, sendo este, produtor de progesterona, a principal responsável endócrina pela manutenção da gestação. Nas éguas, o desenvolvimento folicular ocorre em ondas, nas quais vários folículos entram em maturação juntos, porém apenas um se desenvolve por completo, chegando à ovulação. No Brasil, o período de menor luminosidade, levando à maior liberação de melatonina e diminuição da atividade folicular, está compreendido entre os meses de março e setembro (outono e inverno), sendo o início deste período denominado Período de Transição Reprodutiva. Nesse período, os ovários se encontram polifoliculares e o útero flácido e sem edema endometrial. Objetivou-se com este trabalho avaliar a quantidade de fêmeas que apresentaram atividade folicular no período de transição reprodutiva. Para isso foi utilizado um aparelho de ultrassom Mindray DP2200 Vet, com probe transretal de 5 MHz para a observação de 19 animais da raça Mangalarga Marchador cedidos pelo Setor de Equideocultura da Universidade Federal de Viçosa no período entre janeiro e maio. Os critérios utilizados para definir a presença de atividade folicular foram a observação da presença ou ausência de desenvolvimento de folículo dominante e a ecotextura uterina, considerando-se que animais em estro devem apresentar tônus uterino e edema endometrial, caracterizado pela dilatação das pregas endometriais. Dos 19 animais analisados, observou-se que 5 apresentavam desenvolvimento de folículo dominante e edema endometrial durante o período de transição (representando aproximadamente 26,3% dos animais pesquisados), enquanto os outros 14 animais apresentavam-se em anestro, observando-se ovários polifoliculares e útero flácido e sem edema endometrial. Conclui-se que a ocorrência de atividade folicular em éguas da raça Mangalarga Marchador durante o período de transição reprodutiva é relativamente baixa, sendo que a grande maioria dos animais é encontrado em anestro, correspondendo aos os dados encontrados na literatura.
Palavras-chave atividade, folicular, transição
Forma de apresentação..... Oral, Painel
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