Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8431

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Ensino
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Outros
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa PIBID
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Isabella Fialho de Paula
Orientador GINIA CEZAR BONTEMPO
Outros membros Byanka Karolyne Dias da Silva, Flávia de Souza Vieira Barbosa, Matheus Henrique Sobral Silva, Noane Liz Rocha Machado
Título Sexualidade, relações de gênero e música: uma combinação para desconstrução do machismo e promoção de uma educação cidadã
Resumo A Escola, além dos conteúdos disciplinares, deve oferecer uma formação cidadã aos seus educandos. Uma das dimensões dessa cidadania, é a civil que discute liberdade, igualdade, solidariedade, respeito e diálogo. É importante discutir estes temas, uma vez que opressões e desigualdades podem surgir no ambiente escolar, incluindo o campo das relações de gênero e sexualidade. Diante dessa realidade em uma turma de pré-adolescentes do 6º ano de uma escola estadual de Viçosa - MG, a gestão escolar solicitou aos licenciandos do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) - Biologia que trabalhassem a temática com a turma. Dessa forma, os pibidianos planejaram e ofereceram uma oficina sobre sexualidade e relações de gênero, utilizando músicas, com o objetivo de promover uma reflexão crítica junto aos alunos. Foram trabalhados temas relacionados ao machismo, sexualização do jovem e objetificação da mulher. Decidimos utilizar composições do cotidiano dos estudantes como “Adestrador de cadela”, do MC MM e “Minha Nega na Janela”, de Germano Mathias, além de músicas que abordam a representatividade feminina, como “Ordem na Classe”, de Lívia Cruz e “Desconstruindo Amélia”, de Pitty. Durante a oficina, optamos por trabalhar com dois grupos de discussão, separando meninos e meninas, possibilitando espaços de fala e evitando ocorrência de situações de opressão e constrangimento. As canções foram tocadas e cada aluno recebeu trechos impressos das letras das músicas. Em seguida, promovemos um espaço de discussão, mediado por meio de perguntas geradoras como: “Que mensagem essa música passa?”; “O que você sente ao escutá-la?”; “O que as pessoas envolvidas nela sentem?”. As perguntas permitiram uma rica discussão e a seleção de palavras-chave que sintetizaram os temas trabalhados. A utilização de músicas permitiu que os alunos ficassem mais à vontade e, aos poucos, participassem ativamente do diálogo. Notamos que eles compreenderam a proposta, associando trechos das músicas com suas próprias vivências. A princípio, os meninos demonstraram apreciar a música do MC MM que contém trechos que humilham o sexo feminino. Mas, ao final da atividade, já emitiam reflexões sobre a situação da mulher na sociedade. A criação e realização dessa atividade promoveu diversas reflexões em nós. Uma delas é que o professor não é apenas um transmissor de conteúdo. Ele deve suscitar a reflexão, mediando e sendo agente de transformação social, promovendo assim, uma educação cidadã. E, ainda, a importância de se trabalhar a sexualidade de forma reflexiva e não somente cientificista. Também pudemos constatar que a variedade de recursos utilizados na sala de aula permite atingir diferentes estilos de aprendizagem, e que a música pode ser uma importante ferramenta na facilitação e promoção do diálogo. A iniciação à docência tem nos permitido a inserção na cultura escolar, por meio da apropriação e da reflexão sobre instrumentos, saberes e peculiaridades do trabalho docente.
Palavras-chave Pibid, música, relações de gênero
Forma de apresentação..... Painel
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