Do Lógico ao Abstrato: A Ciência no Cotidiano

23 a 28 de outubro de 2017

Trabalho 8428

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina Veterinária
Setor Departamento de Zootecnia
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Bárbara Thomaz Patrício
Orientador CRISTINA MATTOS VELOSO
Outros membros Cristian Silva Teixeira, Jade Cotrim Soares de Paula Lopes, Maria Eduarda Borges Figueira, Maria Gazzinelli Neves
Título Utilização de análogo do GnRH para indução de ovulação em éguas da raça Mangalarga Marchador
Resumo As éguas possuem caráter reprodutivo poliestral sazonal, isso é, apresentam sucessivos ciclos reprodutivos em determinado período de tempo. Este comportamento de variação provém da incidência de luz, ou fotoperíodo, além de outros fatores, como nutrição, temperatura e estado sanitário, que também podem alterar os padrões de ciclo estral. Por este motivo, a indução da ovulação é uma prática muito utilizada, pois aumenta a eficiência reprodutiva, uma vez que é possível ter maior garantia de ovulação (cerca de 36 horas após aplicação do hormônio indutor) e, consequentemente, aumentar a probabilidade de fecundação. Sabe-se que o hormônio liberador de gonadotrofina, de sigla GnRH, é um hormônio polipeptídico, sintetizado pelo hipotálamo, que age sobre a hipófise e leva à liberação dos hormônios luteinizante (LH) e folículo estimulante (FSH). Estes hormônios desencadeiam crescimento, maturação e ovulação dos folículos ovarianos, sendo o LH o principal responsável pela ovulação. Os folículos ovarianos produzem estrógeno, que é o hormônio predominante na fase de estro da égua, gerando alterações em seu comportamento e em seus órgãos reprodutivos. São considerados pré-ovulatórios os folículos que se apresentam com 35 mm de diâmetro ou mais na imagem de ultrassom. Neste estudo, foi utilizada a deslorelina, um análogo do GnRH que acelera a ovulação de folículos pré-ovulatórios. Foram observadas 20 éguas da raça Mangalarga Marchador, entre novembro de 2016 e abril de 2017, por meio de palpação transretal com auxílio do aparelho de ultrassom Mindray DP2200 Vet, com probe transretal de 5 MHz. As éguas que apresentavam folículo com diâmetro igual ou superior a 30 mm receberam injeção de 1 mL de deslorelina via intramuscular, totalizando 34 doses, sendo que, destas, 23 provocaram a ovulação dos folículos pré-ovulatórios, tendo média de 68% de indução de ovulação em 36 horas. Conclui-se, então, que, no presente trabalho, a deslorelina apresentou-se satisfatória para a finalidade de indução de ovulação, visto que gerou ovulação na maior parte dos animais em tempo esperado e a falha na ovulação de outros pode ter sido causada pela refratariedade de algumas éguas a este indutor.
Palavras-chave equino, gonadotrofina, reprodução
Forma de apresentação..... Painel
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