Resumo |
Introdução: As lesões na pele, consequências mais comuns para o aumento da permanência de pacientes em hospitais, tem sido considerada um indicador de qualidade da assistência de enfermagem nos serviços de saúde. Objetivo: Avaliar o conhecimento e condutas da equipe de enfermagem na avaliação e tratamento de lesões. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo com amostra por conveniência. Nesse resumo serão apresentados dados parciais. A população do estudo foi composta por profissionais de enfermagem, auxiliares, técnicos ou enfermeiros, trabalhadores dos hospitais de Viçosa-MG. Aplicou-se um questionário para identificação dos participantes, treinamento em serviço, conhecimento e conduta dos profissionais mediante assistência ao portador de lesões. Os dados foram digitados em planilha Excel e analisado no Statical Package for Social Science (SPSS). Realizou-se análise descritiva dos dados. Resultados: Participaram até o momento 77 profissionais de enfermagem, sendo 1,3% auxiliares, 79,2% técnicos de enfermagem e 19,5% enfermeiros, com predominância do sexo feminino (70,1%). A idade média dos participantes foi 36,1+ 8,42, com mínimo de 22 e máximo de 61 anos. Entre os participantes observou-se que o tempo de formado variou de 04 meses a 32 anos, e tempo de atuação de 02 meses a 27 anos. Quanto à formação 80,5% obtiveram seus títulos em instituições privadas. Quando avaliados em relação ao treinamento em serviço, 63,6% relataram já ter participado de algum treinamento em relação à temática. Quanto ao tempo de realização do treinamento 51,9% não responderam, 7,8% a menos de 06 meses, 15,6% entre seis meses e um ano, 7,8% de um a dois anos, 16,9% realizaram o treinamento a mais de dois anos. Quanto ao local de realização do treinamento 41,2% não responderam, 39% na própria instituição, 7,8% em instituições de ensino e 9,1% em outros locais. Em relação à conduta frente a um paciente com lesões por pressão observou-se que 32,5% comunicam ao enfermeiro, 31,2% realiza o curativo, 6,5% comunica a outros profissionais (médico/enfermeiro) e 7,8% discute a realização do curativo com outros profissionais e 13% realiza outras condutas. Na avaliação do conhecimento sobre o tratamento de lesões, optou-se no primeiro momento em dividir em duas grandes áreas: limpeza /debridamento e coberturas. Na primeira pode-se observar que os profissionais têm conhecimento sobre os aspectos éticos e legais no cuidado com as lesões, porém desconhece princípios relacionados aos produtos utilizados no debridamento e condutas que podem causar danos ao paciente no que se refere a esse procedimento. Quanto às coberturas pode-se evidenciar um desconhecimento dos profissionais sobre a indicação e os princípios ativos destas, principalmente quando questionados quanto às decisões clínicas na indicação dessas coberturas. Conclusões: A partir dos dados preliminares evidencia-se a necessidade de uma capacitação e treinamento em serviço para minimizar os danos aos pacientes. |